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Passos estranha integração de precários sem discussão sobre Administração Pública

O líder do PSD, Passos Coelho, desafiou o primeiro-ministro a fazer "as reformas que são importantes para o país" e estranhou que se esteja a tratar da integração dos precários sem discutir as necessidades na Administração Pública.

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, lamentou a morte do antigo Presidente da República, que classificou como 'um grande democrata' e 'um político polémico'. 'É um dia triste para todos os portugueses', referiu Passos Coelho, à margem de uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos. Para Passos Coelho, 'será impossível' escrever a História de Portugal das últimas dezenas de anos 'sem nelas encontrar referências múltiplas à intervenção política de Soares, em muitas ocasiões decisiva'. 'Como um grande democrata que foi, o doutor Mário Soares foi também um político polémico, que combateu pelas suas ideias, há de ter feito muitos amigos, terá tido também com certeza muitos adversários ao longo de todos estes anos', acrescentou.
Passos Coelho endereçou uma mensagem de 'sentido pesar' à família e uma mensagem 'de condolências' ao PS, partido de que Mário Soares foi fundador.
20 de Maio de 2017 às 21:19
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"Já estamos a discutir, pela mão da maioria, a integração dos precários na Administração Pública e ainda não houve ninguém que perguntasse, no seio da maioria e do Governo: qual Administração Pública? O que queremos da Administração Pública nos próximos anos?", questionou Pedro Passos Coelho este sábado, no encerramento da convenção autárquica distrital do PSD em Lisboa.

 

O líder social-democrata criticou que se estejam "a converter vínculos precários em permanentes sem saber se é nas áreas que são importantes, que estão em défice". "É esta discussão que não está a ser feita e que deve ser feita com coragem, é esse o desafio que deixo ao primeiro-ministro: poder discutir as reformas importantes que o país precisa de fazer", apelou.

 

Só assim, defendeu, o país poderá quebrar o ciclo de crescimento de "1,4 ou 1,5 ou 1,6 por cento" e tornar os "efeitos cíclicos em permanentes".

 

Dizendo que é importante "puxar por tudo o que é positivo" e que "não é a falar das coisas que correm mal" que se mobilizam as pessoas, Passos Coelho contrapôs que "é muito importante que o PSD não perca esta qualidade de chamar a atenção, mesmo no meio da festa, para aquilo que é importante".

 

"O que nós queremos é que este crescimento dure e não se esfume assim que os sinais da conjuntura puderem passar, isso exige uma agenda reformista que não é conhecida nesta maioria", avisou.

A dois dias de se saber se a Comissão Europeia irá propor a saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo (PDE), Passos Coelho alertou que é importante "não esquecer que isso já aconteceu no passado" e depois o país voltou a registar défices superiores aos impostos por Bruxelas.

 

"Se não queremos voltar a esse processo é muito importante não voltar a repetir a falta de ambição no futuro. Sempre que nos fixamos no curto prazo, para surfar a onda e fazer a festa, e nos esquecemos que, depois das próximas eleições autárquicas, vem mais um ano e outro ainda... É preciso olhar para os portugueses não como activos eleitorais", desafiou.

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