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Passos diz que foi o único que pôs dinheiro na CGD e que Governo é "verbo-de-encher" 

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou que foi "o único" primeiro-ministro que pôs dinheiro na Caixa Geral de Depósitos" (CGD) e que o actual Governo "é um verbo-de-encher".

Miguel Baltazar
11 de Dezembro de 2016 às 10:33
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"Eu quando fui primeiro-ministro capitalizei a Caixa. Pusemos lá 900 milhões de euros em híbridos financeiros e 750 milhões de euros de capital. Até hoje, portanto, eu fui o único primeiro-ministro que pus dinheiro na Caixa, porque a este Governo é um verbo-de-encher, fala, fala, fala que tem uma operação, que está tudo previsto, autorizado, mas passou um ano e ainda não aconteceu nada", afirmou o líder social-democrata.

 

Passos Coelho, que falava num jantar de Natal com militantes de Alijó, no distrito de Vila Real, regressou ao tema da CGD e reforçou as críticas ao que considerou a falta de respeito pelas instituições democráticas em todo este processo.

 

"Tem faltado ostensivamente o respeito pelas regras da democracia. Em democracia nós respeitamos as decisões da maioria, mas respeitamos também as minorias e a oposição. Nós não desqualificámos nem o Governo nem a oposição", frisou.

 

O presidente do PSD acusou o Governo de "nunca responder" às perguntas que são colocadas por escrito ou verbalmente.

 

"E o primeiro-ministro em particular acha que com a sua bonomia que em vez de responder não fica mal dizer umas graçolas. Quando não se responde é uma falta de respeito pelas instituições democráticas. Temos assistido a um exercício ostensivo de falta de respeito democrático sempre que estamos a tratar da CGD", afirmou.

 

Mas depois, segundo Passos Coelho, ou o Governo ou a administração demissionária "todas as semanas põem nos jornais aquilo que se recusam a responder ao Parlamento".

 

"Não há resposta quando se pergunta se há plano de reestruturação, mas os jornais volta meia volta dizem que há um plano, que são capazes de fechar cerca de 180 balcões, mas que balcões, onde, para ter que rentabilidade", questionou.

 

E agora, segundo Passos Coelho, os jornais dizem que "já há luz verde para a primeira fase, que pode ocorrer até ao final deste ano, e é para reconhecer perdas e reduzir o capital".

 

"Eu acho que se isto se estivesse a passar com qualquer outro Governo não havia quem calasse os socialistas e bem, porque isto é uma pouca-vergonha e é uma falta de respeito pelas instituições democráticas. É dos tempos que vivemos", salientou.

 

O presidente do PSD lembrou ainda as acusações que eram feitas ao seu Governo de estar a desmantelar o Serviço Nacional de Saúde e ironizou referindo que "o homem que era responsável por desmantelar o SNS foi agora chamado para tratar da saúde da CGD". "É uma coisa estranha", frisou.

 

E porque o Natal está a chegar, o líder social-democrata deixou os votos natalícios.

"Que o ano de 2017 traga mais responsabilidade política, mas também mais consciência democrática do que nós temos visto ao longo do ano de 2016", concluiu.

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