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Passos diz que desconfiança explica "mau desempenho" do Governo

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou o Governo de um "mau desempenho" que, na sua opinião pode ser explicado com a desconfiança de "muitas pessoas" relativamente à actual solução governativa.

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, lamentou a morte do antigo Presidente da República, que classificou como 'um grande democrata' e 'um político polémico'. 'É um dia triste para todos os portugueses', referiu Passos Coelho, à margem de uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos. Para Passos Coelho, 'será impossível' escrever a História de Portugal das últimas dezenas de anos 'sem nelas encontrar referências múltiplas à intervenção política de Soares, em muitas ocasiões decisiva'. 'Como um grande democrata que foi, o doutor Mário Soares foi também um político polémico, que combateu pelas suas ideias, há de ter feito muitos amigos, terá tido também com certeza muitos adversários ao longo de todos estes anos', acrescentou.
Passos Coelho endereçou uma mensagem de 'sentido pesar' à família e uma mensagem 'de condolências' ao PS, partido de que Mário Soares foi fundador.
30 de Abril de 2017 às 11:14
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"Muitas pessoas tiveram receio e desconfiança da solução adoptada", disse Pedro Passos Coelho, no sábado em Arganil, durante um jantar de apresentação dos principais candidatos do PSD aos órgãos autárquicos deste município do distrito de Coimbra.


Insistindo num alegado insucesso do Executivo de António Costa, apoiado no parlamento pelo PS, BE, PCP e Verdes, comparou a recuperação económica de Espanha, Irlanda e Chipre, "que passaram por dificuldades", à actual situação de Portugal. Trata-se de países cujas economias crescem "mais do que a nossa e atraem mais investimento do que a nossa", sublinhou Passos Coelho. "Porque é que nós não conseguimos fazer isso?", perguntou, procurando também explicar "porque que é que ao longo do último ano as coisas afrouxaram" na economia portuguesa.

Para ilustrar um alegado retrocesso nos resultados da governação do PS, relativamente ao executivo de coligação do PSD com o CDS, entre 2011 e 2015, Pedro Passos Coelho deu o exemplo da Educação. "A extrema-esquerda não gosta da exigência, da disciplina e da avaliação", preferindo "a balbúrdia nas escolas", acusou.


O presidente do PSD disse que "seria natural esperar desconfiança" em relação a forças políticas "que não gostam dos investidores, da União Europeia de que fazemos parte" e que "não gostam de viver" no espaço da moeda única. Essa desconfiança de alguns sectores da sociedade "explica uma parte do mau desempenho do Governo", acrescentou.


Na sua opinião, as alianças entre o PS e os partidos à sua esquerda visa "impedir que o PSD volte a governar", mais do que mobilizar o país "em torno de um projecto de futuro".


Voltando a criticar o relatório sobre a dívida, divulgado esta semana, Pedro Passos Coelho recusou que o país venha "a correr riscos que já correu no passado", com propostas que "são perigosas e são erradas". "O mais grave e perigoso que o BE e o PS querem fazer é deitarem a mão às reservas do Banco de Portugal", disse, acusando aqueles partidos de terem apresentado soluções que "não são de reestruturação da dívida" pública.


As propostas do relatório "são o oposto do que nós fizemos enquanto estivemos no Governo, mas muito próximas do que José Sócrates fez quando estava no Governo", referiu. "Percebe-se por que é que o Governo não quis assinar este relatório: foi para não passar pelo enxovalho em Bruxelas", concluiu o líder social-democrata.


Intervieram ainda no jantar os candidatos do PSD à Câmara de Arganil, Luís Paulo Costa (actual vice-presidente do executivo), e à Assembleia Municipal, Ricardo Alves (presidente da Câmara desde 2005), entre outros dirigentes locais.

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