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Passos Coelho diz que nem a tragédia de Pedrógão deu sentido de Estado ao primeiro-ministro

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje que nem uma tragédia como a de Pedrógão Grande deu sentido de Estado e seriedade política ao primeiro-ministro.

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, lamentou a morte do antigo Presidente da República, que classificou como 'um grande democrata' e 'um político polémico'. 'É um dia triste para todos os portugueses', referiu Passos Coelho, à margem de uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos. Para Passos Coelho, 'será impossível' escrever a História de Portugal das últimas dezenas de anos 'sem nelas encontrar referências múltiplas à intervenção política de Soares, em muitas ocasiões decisiva'. 'Como um grande democrata que foi, o doutor Mário Soares foi também um político polémico, que combateu pelas suas ideias, há de ter feito muitos amigos, terá tido também com certeza muitos adversários ao longo de todos estes anos', acrescentou.
Passos Coelho endereçou uma mensagem de 'sentido pesar' à família e uma mensagem 'de condolências' ao PS, partido de que Mário Soares foi fundador.
27 de Agosto de 2017 às 17:56
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Em declarações aos jornalistas em Ribeira de Pena, Passos Coelho reagiu ao discurso com que o primeiro-ministro assinalou a rentrée socialista, em Faro, no qual acusou os líderes do PSD e do CDS-PP de nada terem feito pela floresta quando estavam no Governo e de ter sido preciso chegar a tragédia para que "acordassem e viessem ao debate".

 

"Nem uma tragédia como a de Pedrógão deu sentido de Estado e seriedade política ao primeiro-ministro", afirmou o líder do PSD.

 

O presidente social-democrata considerou que o discurso de António Costa "é mais ou menos um clássico". "O primeiro-ministro procura esconder o fracasso da sua governação atacando aqueles que denunciam esse fracasso", sustentou.

 

Passos Coelho disse que, em 40 anos de democracia, nunca se assistiu a "um espetáculo" como o que está a acontecer actualmente, em que o "país arde e a Proteção Civil mostra-se impotente para resolver a situação".

 

"A Proteção Civil (...) depende do Governo. Ao cabo de praticamente dois anos de governação (...) o primeiro-ministro acha que a culpa é da oposição", salientou o responsável.

 

O presidente social-democrata disse que "ninguém pode levar isto a sério".

 

"Sempre que alguma coisa corre mal, a culpa é da oposição ou do passado, quando as coisas correm bem toda a gente deve favores e elogios ao primeiro-ministro e ao Governo. É uma maneira de estar na política, não é a minha seguramente", sublinhou.

 

Pedro Passos Coelho disse, ainda, que o PSD votou contra grande parte do pacote florestal aprovado recentemente porque "não é reforma nenhuma".

 

"O primeiro-ministro fez uma concessão ao Bloco de Esquerda, fazendo uma espécie de proibição administrativa do eucalipto e chamou a isto a reforma da floresta", sustentou.

 

Aliás, frisou, chamar "reforma da floresta àquilo que foi aprovado só pode ser uma caricatura" e considerou que há matérias importantes relacionadas com "o ordenamento da floresta e com o cadastro para as quais o Governo acordou muito tarde".

 

O presidente social-democrata disse que o seu partido apresentou iniciativas no Parlamento ligadas à floresta "muito antes do Governo ter acordado" para este assunto. E, sublinhou, enquanto o PSD queria "discutir o cadastro" o "Governo andava a nomear o novo presidente para a Proteção Civil, um novo comandante das operações nacionais e a nomear comandantes distritais".

 

"Entretanto, esqueceu-se que o SIRESP, que tantos problemas deu este ano, foi justamente o SIRESP que ele contratou quando era ministro da Administração Interna e até o SIRESP ele utiliza como se fosse uma responsabilidade da oposição", afirmou.

 

Passos Coelho falava antes da apresentação da candidatura do PSD a Ribeira de Pena, no distrito de Vila Real, que é encabeçada pelo antigo autarca Agostinho Pinto.

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