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País confina com escolas abertas

As escolas são um lugar seguro e os custos para o processo educativo são muito elevados, pelo que vão continuar abertas. Os ATL também.

A transmissão da covid “continua a ser uma incógnita”, diz especialista.
José Gageiro
13 de Janeiro de 2021 às 22:25
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A incógnita que ainda restava, quando já não havia dúvidas de que o país iria de novo para confinamento, foi desfeita esta quarta-feira pelo primeiro-ministro no final da reunião do Conselho de Ministros que decidiu as novas medidas de combate à covid-19: o país vai para casa, mas todas as escolas permanecerão abertas.

“As regras são essencialmente as mesmas” que vigoraram durante o confinamento, de março e abril de 2020, mas “com uma exceção que se prende com o calendário democrático das eleições presidenciais” e também “com a necessidade de não voltarmos a sacrificar a atual geração de estudantes” pelo que “iremos manter em pleno funcionamento todos os estabelecimentos educativos”, declarou.

A questão tem vindo a dividir os especialistas, mas o ministro da Educação mostrou-se contra, defendendo a continuidade das aulas presenciais. A sua opinião acabaria por prevalecer. “Depois de ouvir representantes das famílias, diretores de escolas, profissionais e de avaliarmos as consequências para o processo educativo do ano passado, não podemos repetir este ano a mesma regra” de interromper o ensino presencial, disse o primeiro-ministro.

Questionado sobre se admite rever a decisão dentro de duas semanas, António Costa optou por insistir que “até agora as escolas têm tido um comportamento exemplar e têm sido um fator exemplar de contenção da pandemia” em ambiente escolar. “Todos os aumentos de contaminação que temos tido têm coincidido, aliás, com períodos de férias escolares e não de funcionamento das escolas. Foi assim em setembro, foi assim agora, nas férias do Natal”.

“Verificámos ao longo de todo o primeiro período que o número de surtos nas escolas foi diminuto e o número de casos reportado não teve um peso significativo”, insistiu. “O ensino presencial é fundamental para a aprendizagem. Sabemos os custos que as crianças sentiram no ano letivo anterior” e agora “o primeiro período correu muito bem e não há evidência de que corra mal”.

“Tendo de pesar os prós e os contras, entendemos que os prós claramente superam os contras. Sacrificar de novo o ano letivo seria altamente prejudicial”, pelo que, “com as cautelas que tornaram a escola segura vamos mantê-la em funcionamento”, sublinhou.

Segundo fonte do Ministério do Trabalho, também as atividades de tempos livres (ATL) permanecerão abertas. 

 

Tendo de pesar os prós e os contras, entendemos que (...) sacrificar de novo o ano letivo seria altamente prejudicial. António Costa
Primeiro-ministro

 

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