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“Outdoors” também dividem “seguristas” e costistas”

O processo eleitoral para as primárias socialistas segue atribulado. Desta feita foi a colocação de cartazes informativos sobre as primárias a suscitar a discórdia por parte dos apoiantes de António Costa. Jorge Coelho diz ter-se tratado de um “equívoco”.

Paulo Duarte/Negócios
03 de Julho de 2014 às 20:36
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Os "outdoors" colocados pela direcção do Partido Socialista terão de ser removidos, segundo ordem do presidente da comissão eleitoral socialista, Jorge Coelho. Esta quarta-feira a direcção socialista, liderada pelo secretário-geral do partido, António José Seguro, terá tomado a iniciativa de afixar cartazes onde eram publicitadas as próximas eleições primárias, marcadas para o próximo dia 28 de Setembro, e que serviriam para eleger o candidato socialista a primeiro-ministro.

 

Todavia os apoiantes de António Costa, actual presidente da Câmara de Lisboa, não gostaram da iniciativa e Duarte Cordeiro, apoiante de Costa, em declarações ao Expresso, considerou que a "direcção nacional deve apagar-se e deixar a comissão eleitoral tomar este tipo de decisões".

 

Esta declaração deu azo a nova troca de galhardetes entre as duas facções socialistas. O secretário nacional do PS e um dos homens de confiança de Seguro, Eurico Brilhante Dias, reagiu através do Facebook onde deixou algumas questões: "Mas querem um processo secreto? Andam preocupados?".

 

Devido, ou não, às pressões "costistas", Jorge Coelho acabou por ordenar que os ditos cartazes fossem retirados. Ao Público Coelho terá assegurado que esta quinta-feira de manhã já não havia nenhum cartaz afixado, acrescentado que tudo não terá passado de "um equívoco" porque porque a decisão de afixar os cartazes não teria sido validade por "quem de direito".

 

Prosseguem as peripécias entre os socialistas a pouco menos de três meses para a realização das primárias. Para já, o correr dos dias não parece refriar as tensões que suscitam crescentes divergências no seio socialista. 

 

Se não houve acordo, entre as partes, sobre a data das primárias nem sobre a data limite para o fecho dos cadernos eleitorais onde irá passar a constar, pela primeira vez, a figura dos simpatizantes, a proposta de Costa para a constituição de uma comissão fiscalizadora do acto eleitoral, que seria presidida pelo antigo ministro do primeiro Governo de António Guterres, António Vitorino, também não colheria apoio dos "seguristas".

 

Enquanto isso as federações distritais dos partidos continuam a reunir, à vez, para decidir se haverá ou não um Congresso Extraordinário tal como proposto pelo autarca lisboeta e recusado pelo actual secretário-geral socialista. Caso aconteça servirá de pouco a António Costa.

 

Se convocado, uma vez que não é electivo, um congresso extraordinário não poderia ser acompanhado de eleições directas para secretário-geral. Além deste facto, Seguro também optou por convocar eleições para as próprias federações socialistas.

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