Miguel Veiga faleceu nesta segunda-feira, 14 de Novembro, aos 80 anos, vítima de doença prolongada, noticia a SIC. Foi um dos fundadores do PSD, em 1974. Era advogado, "um histórico do partido", "um ilustre do Porto", mas nunca foi ministro. "Não me apetecendo, não tendo o desejo, perdendo a minha autonomia, a minha liberdade, que é o factor para o qual tenho vivido toda a minha vida, e que me assegura a boa disposição ou o meu gosto de viver, pensei que me ia meter num buraco", explicou em entrevista a Anabela Mota Ribeiro, publicada no Negócios em 2011. Entre os seus amigos mais próximos estão Artur Santos Silva, Francisco Balsemão e António Lobo Antunes.

Ocupou no PSD os cargos de vice-presidente e de membro das suas primeiras Comissões Políticas e Conselhos Nacionais. Foi ainda deputado à Assembleia Constituinte e, apesar de ser social-democrata, foi um dos apoiantes de Mário Soares na primeira candidatura a Presidente da República.

Afastado há já alguns anos do palco mediático, dizia que não se revia nos aparelhos que têm conduzido o partido. No congresso social-democrata em 2004 foi a única voz a votar contra a eleição de Pedro Santana Lopes para líder, por considerar que ele era a expressão do populismo político. 

Miguel Veiga foi condecorado com a Grande Oficial da Ordem da Liberdade, sendo também membro do Conselho das Ordens Honoríficas. Em 2007 foi agraciado pela Câmara Municipal do Porto com a Medalha Municipal de Mérito - Grau Ouro.

O corpo de Miguel Veiga vai estar no Palácio dos Viscondes Balsemão, na Praça Carlos Alberto, no centro do Porto, informa a Lusa.

(notícia actualizada às 13h45, correcção no nome)