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Minuto a minuto: "Governo estará disposto a colaborar com os nossos parceiros uma solução justa e viável"
Os gregos foram às urnas este domingo. Às 17h, hora de Lisboa, será divulgada a primeira vaga de sondagens à boca da urna. Acompanhe aqui os desenvolvimentos deste acto eleitoral.
00h21 - Estão contabilizadas 91,85% das secções de voto gregas e o Syriza continua sem passar dos 149 deputados. Nesta altura já está praticamente afastada a possibilidade de uma maioria absoluta, embora ainda seja possível o partido liderado por Alexis Tsipras chegar aos 150. É uma vitória clara, mas obriga Tsipras a encontrar um parceiro, se não de coligação, pelo menos que viabilize iniciativas parlamentares. Para já, a Nova Democracia elege 76 deputados, a Aurora Dourada e o To Potami 17. Mais três partidos têm assento parlamentar: o Partido Comunista grego (KKE), com 15; os Gregos Independentes com 13; e o PASOK com os mesmos 13.
23h30 – David Cameron, primeiro-ministro do Reino Unido, afirmou que as eleições na Grécia vão "aumentar a incerteza económica pela Europa". "É por isso que o Reino Unido deve manter o seu plano, trazendo a segurança para casa", acrescentou, através do Twitter.
22h20 - Ministro das Finanças belga, Johan Van Overtveldt, vê espaço para discutir "modalidades" para o programa de dívida para a Grécia, de acordo com a agência de notícia AP, citada pela BBC. "Podemos falar em modalidades, podemos falar em reestruturar dívida, mas a pedra angular para a Grécia é que deve respeitar as regras da união monetária", disse, acrescentando que "é impossível" fazer mudanças profundas.
21h30 - Alexis Tsipras faz o discurso de vitória. Deixa vários recados: está disponível para negociar com a Europa, mas reiterou o seu não à austeridade. O novo Governo "estará disposto a colaborar com os nossos parceiros uma solução justa e viável para que a Grécia possa sair do círculo vicioso da dívida. Um diálogo sincero é o que queremos", salientou.
21h04 - Syriza conta com quase 36% dos votos após metade dos dados apurados
20h57 - Antonis Samaras assume a derrota eleitoral, deixando alguns recados ao Syriza e aos gregos. Espera que o trabalho que foi feito nos últimos anos não seja destruído e espera que as previsões que fez não se concretizem.
20h35 – Antonis Samaras, primeiro-ministro, já assumiu a derrota, tendo telefonado a Alexis Tsipras a dar os parabéns pelos resultados eleitorais.
20h29 - O responsável pelo programa económico grego, Yannis Miliós diz que o acordo firmado entre o governo de Samaras e a Comissão Europeia está morto. Citado pelo "El País", disse esperar que "o ministro das Finanças em funções se limite amanhã a discussões de carácter técnico."
20h27 - O líder do Pasok e vice-primeiro-ministro grego, Evangelos Venizelos, que está a discursar neste momento, já congratulou o Syriza pela vitória de hoje.
20h18 - O Guardian escreve que se ouve na sede do Syriza a música "London Calling" da banda punk The Clash.
20h11 - Manfred Weber, líder do Partido Popular Europeu, também deixou avisos ao Syriza na sua conta de Twitter. "A Europa está pronta a mostrar-se solidária com a Grécia se os compromissos firmados forem respeitados", afirmou o líder de bancada no Parlamento Europeu. Minutos antes já tinha dito "o caminho das reformas na Grécia tem de continuar. Em breve será claro que o Sr. Tsipras faz promessas vazias."
20h - Miguel Tiago, deputado do PCP, utilizou a sua conta de Facebook para criticar os resultados na Grécia, numa declaração que contrasta com a reacção inicial de João Ferreira que, em representação dos comunistas, sublinhou a "derrota dos partidos que defendem o capital" e a "rejeição do rumo de empobrecimento".
"Se, como parece, a burguesia grega tiver de facto reagrupado no SYPIZA, lá terá o capitalismo mais um balão de oxigénio, quando só mesmo a sua morte nos libertaria o caminho", afirmou num post público.
19h46 - Com pouco mais de 30% das secções de voto contabilizadas, o Syriza segue com 35,52% dos votos. O Nova Democracia conta com 28,77%. Já o Aurora Dourada parece conseguir o terceiro lugar.
19h43 - Projecção oficial do Ministério do Interior grego antecipa que o Syriza tenha 36,5% dos votos nas eleições de hoje. A ser assim, teria entre 149 e 151 lugares no parlamento. O que significa que podemos ter uma noite longa à nossa frente até sabermos se Alexis Tsipras tem ou não maioria absoluta. Para tal precisa de eleger 151 deputados.
19h20 - Com perto de 3 mil secções de votação contabilizadas, representativas de 18,46% do total de 19.509 secções, o Syriza segue à frente com 35,06%, com uma vantagem na casa dos 5 pontos percentuais face aos 29,28% do Nova Democracia.
19h18 - Euro cai e negoceia abaixo de 1,12 dólares, em reacção às sondagens que dão a vitória ao Syriza.
19h17 - O partido espanhol Podemos já reagiu. Vêem a vitória do Syriza como um importante impulso para as eleições legislativas espanholas, marcadas para o final deste ano. "A esperança está a chegar, o medo está a desaparecer", afirmou Pablo Iglesias, líder do Podemos, citado pela AFP. "Vamos estar a sorrir hoje à noite." O Podemos surpreendeu a Europa, surgindo à frente das intenções de voto em Espanha. Iglesias deixou também hoje uma mensagem a Mariano Rajoy, actual primeiro-ministro espanhol: "tique, taque, tique, taque."
19h10 - Papandreou garante que continuará à frente do partido fundado por si no ano passado, depois de ter saído do PASOK, mesmo que este não consiga eleger qualquer deputado.
O ex-primeiro-ministro grego pediu também ao Syriza para procurar consensos na sociedade grega. "Nenhum partido, mesmo com maioria, consegue lidar sozinho com a actual situação."
18h58 - Nova sondagem aponta para que o Syriza consiga entre 36% a 38% e o Nova Democracia entre 26% a 28%, o que reduz a margem de diferença para 10 pontos percentuais. As primeiras sondagens davam uma diferença entre 12 a 14 pontos.
18h56 - Jens Weidman, governador do banco central alemão, já reagiu duas vezes a uma provável vitória do Syriza nas eleições de hoje. Primeiro acenou com a necessidade de austeridade, dizendo que é do interesse grego "continuar com as reformas" e "cumprir as condições do resgate". Alguns minutos depois, sublinhou a mesma mensagem, citado pelo jornal grego Kathimerini. "Espero que o novo governo não ponha em causa o que se espera [dele] e o que já foi alcançado."
18h38 - Sandro Gozi, membro do Partido Democratico italiano e subsecretário do Conselho de Ministros transalpino, parece acreditar na vitória do Syriza e afirma estar "pronto para trabalhar com o novo governo grego para uma União mais democrática e política".
18h26 - Também no Twitter, Carl Bildt, antigo primeiro-ministo da Suécia (1991-1994) deixa uma reacção bastante ácida à previsível vitória do Syriza: "Na Grécia, o Syriza ganhou a eleição ao prometer que os contribuintes de outros países do euro lhes paguem ainda mais. Bastante ousado."
18h17 - O jornal alemão Bild, conhecido pelos seus títulos panfletários, titula desta forma à provável vitória do Syriza nas eleições de hoje: "O Terror-do-euro Tsipras triunfa".
18h12 - Nick Malkoutzis, do Macropolis, espera mudanças na liderança dos principais derrotados desta noite. "Espera-se que os resultados de hoje levem a mudanças na liderança da Nova Democracia e do PASOK. Muito cedo no primeiro e um pouco mais tarde no segundo", antecipou na sua conta de Twitter.
18h05 - O ministro da Saúde grego, Makis Voridis, praticamente concede a vitória ao Syriza, em declarações à Associated Press: "Pelo que eu vejo pelas sondagens à boca das urnas, o Syriza venceu e nós damos-lhe os parabéns."
17h57 - Jens Weidmann, presidente do Bundesbank, em declarações a uma televisão alemã defende que os gregos terão de prosseguir as reformas estruturais. Weidmann realça que Atenas não deve repudiar as medidas acordadas nos dois programas de resgate negociados com a troika.
17h51 - "A esperança ganhou", diz o Twitter do Syriza (imagem ao lado). É a primeira reacção oficial do partido.
17h45 - No Twitter, Vincenzo Scarpetta, analista do ‘think tank’ Open Europe, faz-nos recuar seis anos: "Nas eleições legislativas de 2009, o Syriza ganhou 13 lugares [no parlamento] e o PASOK 160. Depois a crise chegou." Hoje, o Syriza deverá ter 148 a 154 e o PASOK 12 e 14.
17h40 - Panos Skourletis, o porta-voz do Syriza, disse que o resultado das legislativas "parece indicar uma vitória histórica" para o partido e "para a Europa".
17h35 - Giorgos Kyrtos, eurodeputado eleito pelo Nova Democracia, assume que as eleições deste domingo assinalam um "momento histórico" para a esquerda radical.
17h32 - Nick Malkoutzis, editor do jornal Kathimerini e do site de análise política e económica Macropolis, refere que "a única coisa que pode ser dita com confiança para já é que a Nova Democracia (Samaras e os seus conselheiros em particular) terão uma derrota esmagadora".
17h28 - Após a divulgação das sondagens à boca das urnas, na sede de campanha a do Syriza há comemorações.
17h21 - Para conseguir marioria absoluta, um partido precisa de eleger 151 deputados. A
sondagem à boca das urnas da Kapa Research aponta para a seguinte distribuição de deputados:
Syriza - 148 - 154
Nova Democracia 70 - 78
Aurora Dourada 16 - 20
To Potami 16 - 19
KKE 15 - 17
PASOK 12 - 14
Gregos independentes 10 - 12
Kinima 0 - 8
17h15 - As sondagens mostram um fosso muito grande entre o Syriza e a Nova Democracia, deixando o partido liderado por Alexis Tsipras muito próximo da maioria absoluta. Ainda assim, com os intervalos que estão a ser noticiadas para já, o Syriza pode ainda ficar a poucos deputados de conseguir governar sozinho.
17h05 - Segunda as primeiras sondagens oficiais à boca da urna, o Syriza terá entre 35,5% e 39,5% dos votos, enquanto a Nova Democracia ficará apenas com 23% a 27%. Uma diferença muito maior do que os inquéritos de opinião apontavam nos últimos dias. Em terceiro lugar deverá ficar o To Potami com 6,4% a 8%, seguido pelo Aurora Dourada (6,5% e 8%) e o partido comunista grego (4,7% a 5,7%).
17h00 - São divulgadas as primeiras sondagens. Que dão vitória com maioria absoluta ao Syriza.
Às 17h (hora portuguesa) será divulgada a primeira vaga de sondagens à boca da urna. Ainda assim, já começam a circular nas redes sociais sondagens provisórias que dão uma larga margem de vitória ao Syriza. No entanto, devem ser interpretadas com muita cautela.
As sondagens à boca da urna na Grécia têm a reputação de serem muito pouco fiáveis, ainda mais aquelas que são divulgadas antes do encerramento das urnas. A primeira projecção oficial será apresentada às 19h30 portuguesas.
Actualmente o Parlamento grego tem como prinicipal partido o Nova Democracia, com 129 deputados, depois das eleições de Junho de 2012.
Se nenhum partido tiver maioria absoluta - ou seja, pelo menos, 36% dos votos para garantir 151 dos 300 lugares do parlamento - tem início um processo negocial que envolve os partidos com assento parlamentar e que dura cerca de 10 dias. Logo na segunda-feira, dia 26 de Janeiro, o chefe de Estado dá ao líder do partido mais votado um mandato de três dias para que ele forme governo. Se ele não for capaz, o mandato passa para o líder do segundo partido mais votado. Se ao fim de três dias, este também não conseguir formar governo, o mandato passa então para o líder do terceiro partido mais votado. No final deste processo, se não existir entendimento entre os partidos, o presidente da república chama os partidos para tentar formar um governo de coligação. Se não existir acordo, será formado um novo governo interino e agendadas novas eleições (como aconteceu nas anteriores eleições legislativas de 2012).
(Notícia em actualização)