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Militantes do partido no poder na Venezuela vão receber treino militar

O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, no poder) iniciou a preparação dos militantes "para qualquer tipo de cenário", que inclui treino militar, de defesa e antimotim.

Reuters
08 de Maio de 2017 às 23:01
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"Vamos integrar 920 batalhões territoriais de milícias, para a defesa em qualquer tipo de cenário", disse o deputado socialista venezuelano Pedro Carreño esta segunda-feira, 8 de Maio.

 

Em declarações à televisão estatal venezuelana, o parlamentar do partido no poder explicou que foram criadas 10.166 Unidades de Batalha Bolívar Chávez (UBCH), formadas, cada uma, por 60 militantes.

 

Cada UBCH deve captar outros 20 compatriotas para formar um "pelotão" e cada quatro pelotões fazem um batalhão de milícias, acrescentou.

 

"Entendendo a conjuntura que estamos a viver e sob a suposição de que esta situação poderá ir 'em crescendo' e gerar uma escalada maior de violência, o PSUV tem a altíssima responsabilidade de se incorporar como corpo de combatentes", salientou.

 

"Os militantes do PSUV vão aos campos para treinar tiro, combate, infiltração, tiro intuitivo, defesa pessoal e defesa antimotim. Vamos preparar-nos para todos os cenários", frisou.

 

Pedro Carreño disse ainda que a revolução bolivariana "não está desarmada" e que quando a Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar), a Polícia Nacional Bolivariana e os Serviços Bolivarianos de Inteligência (SEBIN, serviços secretos) actuam, "está a actuar o povo venezuelano".

 

No passado dia 17 de Abril, o Presidente Nicolás Maduro anunciou ter aprovado um plano para expandir a "milícia bolivariana" a 500 mil operacionais e equipar cada um deles com espingardas.

 

"Uma espingarda para cada miliciano, estão aprovados os recursos (...) para que haja milicianos nos campos, universidades, na classe operária, para conseguir um sistema organizado de logística, para garantir a sua dispersão permanente, a habilidade para manejar o sistema de armas, para defender o bairro, o Estado, as costas, os rios, a selva e as cidades", disse em Caracas, durante a celebração do 7.º aniversário da Milícia Nacional Bolivariana.

 

Desde há cinco semanas que se intensificaram, na Venezuela, as marchas a favor e contra o Presidente venezuelano, tendo já provocado pelo menos 37 mortos e mais de 600 feridos. 

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