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Marcelo reafirma defesa da estabilidade durante entrega de prémios de hotelaria

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, aproveitou um discurso numa cerimónia de entrega de prémios do sector da hotelaria para reafirmar que defende a estabilidade política, institucional, social, económica e financeira.

Miguel Baltazar
25 de Maio de 2016 às 21:40
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Após considerar "francamente animadoras" as perspectivas no domínio do turismo, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou esta quarta-feira que "a economia – tenho-o recordado várias vezes, e hoje é mais uma ocasião para o fazer – precisa de estabilidade política, de estabilidade institucional, de estabilidade social, de estabilidade económica e financeira".

 

"Quando digo estabilidade, essa estabilidade significa, por um lado, não haver factores institucionais de crise, por outro lado, haver obviamente o cumprimento dos nossos compromissos europeus dentro de uma linha que, sendo de crescimento e de emprego, não deixa de ser de rigor financeiro", acrescentou.

 

O chefe de Estado deixou esta mensagem na entrega dos Prémios da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) 2016, no Pátio da Galé, em Lisboa, e apontou como factores para a estabilidade o cumprimento dos compromissos europeus e o rigor financeiro.

 

No início da sua intervenção, num reparo ao protocolo, o chefe de Estado referiu que nesta cerimónia estava a falar primeiro do que o Executivo, "abrindo caminho ao Governo, que de quando em vez é também a função do Presidente da República".

 

Esta mensagem de defesa da estabilidade surge num contexto de polémica gerada por declarações do Presidente da República feitas na terça-feira, em visita ao Exército, depois de ser questionado sobre o estado da sua relação com o primeiro-ministro.

 

Em resposta aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que "há claramente um ciclo político marcado pelas autárquicas [de 2017]" e que "estar a especular sobre instabilidade política nesse ciclo não faz o mínimo sentido".

 

"Desiludam-se os que pensam que o Presidente da República vai dar um passo sequer para provocar instabilidade neste ciclo que vai até às autárquicas. Depois das autárquicas, veremos o que é que se passa. Mas o ideal para Portugal neste momento é que o Governo dure e tenha sucesso", acrescentou.

 

Em declarações ao jornal 'online' Observador, divulgadas hoje de manhã, o Presidente enquadrou essas palavras, dizendo que falou nas autárquicas porque "há uma tradição de as autárquicas terem uma leitura nacional", mas que não acredita que "o Governo vá cair" nessa altura.

 

Marcelo Rebelo de Sousa justificou desta forma as afirmações que fez em visita ao Exército: "Foi para se perceber que estava fora de causa nestes dois anos haver instabilidade. E depois também era desejável que não houvesse. Como havia grande especulação sobre certas leis, queria dizer que nada se alterou significativamente desde o começo da legislatura e das minhas funções. A maioria está estável".

 

Hoje à tarde, em Évora, voltou a falar no assunto, declarando que mantém o que disse, que quer que haja "estabilidade até ao fim da legislatura" e deseja "que as autárquicas não venham interromper a governação". "Veremos aquando das eleições autárquicas o que se passa ou não. O meu desejo é que as autárquicas não venham interromper a governação. Mas vamos esperar", declarou. 

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