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Marcelo congratula-se com viabilização do Orçamento Rectificativo

O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa congratulou-se hoje com a viabilização do Orçamento Rectificativo, frisando que era necessário resolver o problema do Banif, e defendeu que é preciso encontrar um sistema de supervisão financeira que funcione.

23 de Dezembro de 2015 às 17:13
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"Ontem fiz um apelo para que fosse votado o Orçamento Rectificativo e disse que se já fosse Presidente da República faria tudo para que fosse votado porque era preciso resolver o problema do Banif. Estou feliz por ter sido possível encontrar um consenso de regime permitindo passar o Orçamento Rectificativo", afirmou.

 

Marcelo Rebelo de Sousa, que entregou hoje no Tribunal Constitucional 15 mil assinaturas para formalizar a sua candidatura à Presidência da República, considerou que era fundamental "entrar em 2016 com o caso [Banif] decidido".

 

"Foi bom, foi um bom final de 2015 e um bom augúrio para 2016 ter passado este Orçamento Rectificativo", declarou, defendendo que "o que interessa é pensar no país" apesar de ser "uma decisão difícil que tem custos para o Estado e para os contribuintes".

 

Questionado sobre que solução preconiza para o futuro do sistema de supervisão financeira, Marcelo Rebelo de Sousa disse que em primeiro lugar "há que encontrar um sistema que funcione para que seja possível controlar e acompanhar, regular e decidir, que funcione em termos europeus" e disse que estará disponível, enquanto Presidente da República caso seja eleito, para "ajudar a encontrar" uma solução.

 

"Cabe ao Governo, e ao primeiro-ministro, na altura que entender adequado, dar o passo. Se calhar ser depois de Março e se os portugueses o me derem o seu voto, eu naturalmente estarei atento para acompanhar esta matéria e para ajudar a encontrar uma solução o mais rapidamente possível", disse.

 

Marcelo Rebelo de Sousa considerou que a viabilização do Orçamento Rectificativo foi um exemplo de que é possível trabalhar "para consensos de regime", afirmando esperar que no futuro possa trabalhar "para muitos consensos de regime, para que o Governo governe, para que os problemas se resolvam e que os partidos coloquem o interesse nacional, como aconteceu hoje, acima de divergências partidárias".

 

O parlamento aprovou hoje em votação final global o Orçamento Rectificativo de 2015 apresentado devido à resolução do Banif, com os votos favoráveis do PS, a abstenção do PSD e os votos contra do BE, PCP, CDS-PP, PEV e PAN.

 

"Caminhada de cinco anos"

 

Marcelo Rebelo de Sousa entregou hoje 15 mil assinaturas no Tribunal Constitucional, "um passo decisivo" para formalizar a sua candidatura a Presidente da República, e disse querer trabalhar para unir os portugueses e "recriar a esperança".

 

"Os portugueses estão à espera e merecem que haja entre eles mais unidade e que haja um recriar da esperança. Este passo que damos hoje é um passo decisivo no sentido de uma caminhada que vai durar cinco anos e em que os portugueses, juntos, iremos recriar a esperança e a unidade num país que está muito dividido", afirmou aos jornalistas.

 

O candidato chegou ao Palácio Ratton um pouco antes da hora previamente anunciada, acompanhado de mais de 50 apoiantes, para entregar 15 mil assinaturas - o máximo que o Tribunal Constitucional recebe, sendo que o mínimo exigido são 7.500.

 

Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que foram recolhidas 20 mil assinaturas e agradeceu aos "milhares e milhares de voluntários" que fizeram aquele trabalho em "tempo recorde", assinalando "o começo formal" da sua candidatura presidencial.

 

O candidato manifestou-se empenhado, caso seja eleito, em "refazer pontes, cicatrizar feridas" para construir um país "com mais futuro" e "unir os portugueses" independentemente das suas ideias, religiões e posições políticas.

 

Questionado sobre se está convicto de uma vitória no dia 24 de Janeiro que permita a eleição sem segunda volta, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu ter a certeza de que na hora do voto os portugueses vão permitir que se "abra uma caminhada de cinco anos".

 

"Eu tenho, não uma expectativa mas uma certeza de que os portugueses compreendem o passo que estamos a dar hoje e que na hora adequada votarão de acordo com a sua consciência permitindo que se abra uma caminhada de cinco anos, que não é boa para uma pessoa, que não é boa para um grupo ou um partido, é boa para Portugal", disse.

 

As eleições presidenciais realizam-se no dia 24 de Janeiro. O prazo para a formalização de candidaturas no Tribunal Constitucional termina quinta-feira, dia 24. Até hoje entregaram as assinaturas necessárias dez candidatos.

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