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Marcelo: O país estava perdido e afectos trouxeram viragem política fundamental

"Quando iniciei o meu mandato, eu achava que o país estava carecido de afecto, e que era uma prioridade esse afecto. As pessoas estavam pessimistas, estavam cépticas, estavam crispadas", disse esta segunda-feira o Presidente da República.

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05 de Junho de 2017 às 23:04
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O Presidente da República considerou esta segunda-feira que "o país estava perdido", em termos psicológicos, "carecido de afecto", quando iniciou o seu mandato e que, entretanto, o "universo dos afectos" trouxe "uma viragem política fundamental".

 

"A mera viragem psicológica, que passou pelo universo dos afectos, foi uma viragem política fundamental", defendeu Marcelo Rebelo de Sousa.

 

Durante um passeio a pé na cidade da Horta, na ilha do Faial, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu também que "hoje é impossível fazer política na base apenas da cabeça", acrescentando que "há políticos que entendem que é assim", mas "não estão a ver toda a realidade da política".

 

O chefe de Estado fez estas declarações depois de um jornalista lhe perguntar se a sua visita aos Açores não tem tido sobretudo afectos e pouca política, e a quem respondeu: "Acha que o afecto não tem um sentido político? Tem!".

 

"Quando iniciei o meu mandato, eu achava que o país estava carecido de afecto, e que era uma prioridade esse afecto. As pessoas estavam pessimistas, estavam cépticas, estavam crispadas. Como dizia há bocadinho aí um senhor que me cumprimentou: ia acabar no dia seguinte, o país estava perdido, corria tudo mal", disse.

 

Marcelo Rebelo de Sousa tinha perto de si o presidente do PS e líder da bancada socialista na Assembleia da República, Carlos César, ex-presidente do Governo Regional dos Açores, que o acompanhou neste passeio a pé entre o famoso Peter Café Sport e o Forte de Santa Cruz. Mais à distância, estavam o actual presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro, e a presidente da Assembleia Legislativa dos Açores, Ana Luís.

 

O Presidente da República sustentou que, entretanto, deu-se uma "viragem psicológica, que passou pelo universo dos afectos", e que hoje "é impossível fazer política na base apenas da cabeça".

 

Depois, referiu-se a quem faz "política na base apenas do pensamento, achando que os seres humanos são cobaias" e "que se mobiliza só na base disso", para afirmar: "a meu ver, não estão a ver toda a realidade da política".

 

Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que, "às vezes, há o risco de se cair na emoção pura e simples" e concluiu que é preciso "um equilíbrio entre as duas coisas". "E o relacionamento na política é um relacionamento entre pessoas. Se as pessoas se dão bem, é meio caminho andado", argumentou.

 

O chefe de Estado acrescentou que esta sua visita à Região Autónoma dos Açores "passava muito por esse universo dos afectos e por criação de empatias, nomeadamente com titulares de órgãos de governo próprio, que o Presidente não conhecia bem".

 

Marcelo Rebelo de Sousa salientou que o seu conhecimento dos Açores "era mais do tempo em que tinha sido líder partidário, há 20 anos" e, por isso, não conhecia bem muitos dos actuais protagonistas políticos regionais. "Portanto, o simples facto de passar a conhecer bem é um passo útil no relacionamento entre a República e a Região Autónoma", considerou.

 

 

 

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