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Marcelo não dissolve Governo. "Experimentalismo não é o melhor para as democracias"
O Presidente da República reagiu à saída do ministro das Infraestruturas e afirmou que é preciso respeitar quando um membro do Governo quer sair. Em relação à dissolução do Parlamento, Marcelo afirmou que "não é claro que exista uma alternativa imediata e forte".
Marcelo Rebelo de Sousa não vai dissolver o Parlamento, nem realizar eleições antecipadas. O Presidente da República explicou que não podem existir eleições todos os anos e que "a dissolução é uma arma atómica que dispõe o Presidente da República" e "para haver uma dissolução é preciso que o país tire mais vantagens dessa dissolução do que inconvenientes", completou.
Para o chefe de Estado "neste caso há mais inconvenientes do que vantagens", até porque "não é claro que surgisse uma alternativa imediata e forte e o experimentalismo não é o melhor para a saúde das democracias", rematou. "Alem de que a dissolução significa três meses de paragem do pais, nesta altura é preferível que o Governo governe efetivamente, do que propriamente estar a interromper a vida política por 3 ou 4 meses numa altura muito sensível", apontou ainda.
Marcelo Rebelo de Sousa explicou também que a existência de "mudanças no Governo ja é uma interrupção na vida política, quando é preciso, é preciso", acrescentando, em reação à saída de Pedro Nuno Santos, "que tem de se respeitar quando um ministro ou secretário de Estado quer deixar o governo".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, espera que no início de 2023 seja apresentada uma solução governativa pelo Primeiro-ministro e avança que o próximo detentor da pasta das Infraestruturas e Habitação pode tomar posse "a partir de dia 4, ou mesmo dia 3 à tarde".
O chefe de Estado respondeu às perguntas dos jornalistas antes de ir para o Brasil onde irá assistir à tomada de posse de Lula da Silva.