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Marcelo: Descida da TSU era um "sinal para o investimento"
Presidente da República ainda tem esperança que seja possível alcançar um acordo para compensar as empresas pelo aumento do salário mínimo.
O Presidente da República defendeu o conteúdo do acordo de concertação social assinado entre o Governo e os parceiros sociais, considerando que a descida da TSU para compensar o aumento do salário mínimo era importante pois daria um "sinal para o investimento" e para o crescimento da economia.
Em entrevista à SIC, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou de defendeu publicamente as medidas do acordo de concertação social e tem esperança que este ainda venha a ser implementado, apesar dos anunciados votos contra do BE, PCP e PSD. Vamos esperar para ver o processo até ao fim. Ainda não houve apreciação parlamentar do diploma. E está por provar que o efeito de salvaguarda não pode ser atingido pela via do diploma, ou por outra via", afirmou.
A polémica em torno da TSU absorveu a primeira parte da entrevista de Marcelo à SIC, a primeira que concede desde que ganhou as eleições há um ano. O Presidente da República afirmou que sempre defendeu a existência de um acordo, "até mais amplo".
Mas recusou que tenha havido um falhanço da influência do Presidente da República, já que o anterior conseguiu um acordo de concertação social numa altura mais complicada na sociedade portuguesa. "Não queira comparar com 2012. Em 2012 havia maioria parlamentar" e Passos Coelho tinha o compromisso do memorando da troika, respondeu Marcelo, afirmando que "agora o PSD não tem nenhuma" condicionante. O "PSD é livre de votar como quer, não há memorando da troika".
Marcelo mantém-se optimista em relação a medidas para compensar as empresas pelo aumento do salário mínimo. "Continuo a creditar que vai ser possível encontrar, em si mesmo, uma preocupação em relação às PME e por outro lado às IPSS e misericórdias", afirmou.