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Marcelo alerta que "não há arranque económico com combustíveis a subirem sucessivamente"

Presidente da República espera que subida dos preços da gasolina e gasóleo não dure "mais de seis meses", mas avisa que é preciso mais apoios para as famílias e empresas. Caso contrário, teme que retoma económica fique comprometida.

Miguel A. Lopes / Lusa
18 de Outubro de 2021 às 13:35
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, alertou esta segunda-feira que "não há arranque económico com os combustíveis a subirem sucessivamente". O chefe de Estado espera que a subida dos preços da gasolina e gasóleo não dure "mais de seis meses", mas avisa que é preciso mais apoios para as famílias e empresas.

"Os Governos, com luz verde da Comissão Europeia, vão tomar medidas de apoio social às famílias e às empresas. Vamos esperar que isto não seja para durar para além dos seis meses, mas para o caso de durar depois há problemas de fundo que têm de ser resolvidos pela comunidade internacional", referiu, à margem de um evento em Valongo.

Segundo o Presidente, "há quem pense que isto é um problema de seis meses" e que corresponde à saída de pandemia, ao desajustamento entre o aumento da procura e a incapacidade de oferta, devido à paragem de investimentos em outras fontes de energia, incluindo energia renovável, durante a pandemia. 

Mas para Marcelo Rebelo de Sousa há outras variáveis a ter em conta, nomeadamente "problemas políticos" relacionados com o facto de o preço do gás da Europa "depender muito daquilo que é fixado por uma grande potência" (Rússia) que tem influência "em mais de 40% do gás" utilizado na Europa.

"Tudo isso somado com outros fatores dá um agravamento imediato", frisou, garantindo que "os Governos, com a luz verde da Comissão Europeia vão tomar progressivamente medidas de apoio social". Se a escalada dos preços dos combustíveis se prolongar para lá de abril, diz que "é preciso que a comunidade internacional se reúna".

"Estamos a ter da parte da União Europeia maior flexibilidade quanto à possibilidade de os Governos, nesta situação de emergência, poderem ir mais longe, desagravando e baixando impostos ou dando apoios sociais, tendo consequências financeiras. Noutras circunstâncias, a UE não veria com bons olhos", ressalvou.

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