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Luís Vilhena deixa o Parlamento e avança com candidatura à Ordem dos Arquitetos
O deputado independente, eleito pelo PS Madeira, não faz parte das listas socialistas nas eleições de outubro e prepara uma candidatura para a presidência da Ordem dos Arquitetos, que vai a votos no final do ano. Quer “unir gerações” e zelar “por um urbanismo de qualidade”.
O ainda deputado Luis Vilhena, independente eleito pelo PS em representação do círculo da Madeira, deixa o Parlamento e vai candidatar-se a bastonário da Ordem dos Arquitetos para o mandato do próximo triénio. As eleições deverão ocorrer ainda no final deste ano e Luís Vilhena é, para já, o primeiro candidato que se perfila para o cargo, ocupado atualmente por José Manuel Pedreirinho e que pode ainda concorrer a um segundo mandato.
Luis Vilhena integrou no Parlamento a Comissão do Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação e esteve diretamente envolvido na Lei do Alojamento Local, nas alterações ao Regime do Arrendamento Urbano e na elaboração da Lei de Bases da Habitação, entre outros dossier e diplomas.
O deputado, licenciado em 1987 pela Faculdade de Arquitetura em Lisboa nunca deixou a profissão e mantém um atelier próprio no Funchal, cidade onde também já desempenhou funções no Departamento de Planeamento Estratégico da câmara municipal.
Tem no currículo várias passagens pela Ordem dos Arquitetos: foi o primeiro presidente da Delegação da Madeira, entre 2003 e 2005, e participou em vários órgãos daquela entidade entre 1996 e 2013, com passagens pelo Conselho de Delegados da Secção Regional Sul e Conselho Nacional de Delegados no qual ocupou o lugar de Vice-Presidente e Presidente no mandato de 2011/2013.
A apresentação oficial da candidatura acontecerá em setembro, mas Luis Vilhena está já a preparar uma equipa. Sendo eleito, afirma, um dos principais objetivos é "congregar o maior número possível de arquitetos à volta da Ordem", condição essencial para "dar a força a esta instituição, defender o Direto à Arquitetura e estabelecer melhores condições tanto na prática profissional da arquitetura como noutras áreas de intervenção onde os arquitetos podem desempenhar um papel diferenciador".
Para o ainda deputado e arquiteto, "é preciso unir diferentes gerações, arquitetos com distintas formas de atividade e colocar todos a trabalhar para um objetivo comum", o de "dar a devida importância à Arquitetura e ao papel dos arquitetos na transformação da cidade e da paisagem".
Entre as preocupações estão igualmente "a salvaguarda do interesse constitucional por um correto ordenamento do território, por um urbanismo de qualidade, pela defesa e promoção da paisagem, do património edificado, do ambiente, da qualidade de vida e pelo direito à arquitetura’’.