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Ao minuto09.10.2019

Já indigitado, Costa vai "ver se é possível" Governo para quatro anos

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai receber esta terça-feira os partidos que elegeram deputados nas eleições de 6 de outubro. Acompanhe no Negócios as declarações dos responsáveis.

08 de Outubro de 2019 às 12:29
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08.10.2019

Costa não exige garantias de aprovação dos orçamentos

A acontecer algum acordo - escrito ou verbal, formal ou informal, com horizonte de legislatura ou apenas de médio-prazo, entre todos ou só alguns partidos da esquerda parlamentar - com vista a uma solução governativa com apoio maioritário no Parlamento, António Costa afiança que não é necessária nenhuma obrigatoriedade de aprovação dos orçamentos. E recorda que tal exigência também não existiu nos acordos que serviram de base à geringonça.  

"Nas posições conjuntas (...) não havia nenhuma obrigação de nenhum desses partidos viabilizar os orçamentos do Estado. Havia um compromisso mútuo de haver uma avaliação conjunta dos orçamentos tendente à sua aprovação", explicou o secretário-geral do PS. 

O líder socialista considera que, nesta fase, existem condições para o PS chegar a acordo com os cinco partidos com quem se reúne amanhã, só com alguns ou até com nenhum. 

Sobre o Governo que irá formar, após ser formalmente mandatado por Marcelo rebelo de Sousa, António Costa confirmou que, "no essencial, será seguramente muito próximo do atual", embora ressalve espaço para alguns "ajustamentos", sendo que há já um certo e que passa pela saída anunciada de Vieira da Silva. 

08.10.2019

Costa não está preso ao modelo geringonça, quer é garantir "estabilidade"

Após ter sido indigitado primeiro-ministro por Marcelo, e antes de abandonar o Palácio de Belém, António Costa disse assumir esta "enorme responsabilidade" e comprometeu-se a trabalhar no sentido de tornar possível alcançar um acordo "com um horizonte para a legislatura".

Sobre as conversas que o Presidente manteve com os restantes partidos, Marcelo e Costa concluíram que "não há uma maioria para aprovar uma moção de rejeição" ao programa de Governo que venha a ser apresentado pelos socialistas. Contudo, isso não assegura cumprir a vontade do Presidente relativa a um Governo para quatro anos, questão que António Costa diz apenas que será preciso "ver se é possível".

Quando às reuniões marcadas para esta quarta-feira com Livre, PAN, Verdes, PCP e Bloco, o secretário-geral socialista pretender "saber quais são as condições e qual a melhor forma" para assegurar que "a legislatura possa decorrer de forma positiva".

Nesse sentido, revelou que, além das conversas com os partidos, na quinta-feira irá também dialogar com os parceiros sociais para, em função disso, ver se há "ajustamentos a fazer ao programa do Governo". António Costa considera que "os portugueses ficaram satisfeitos com a solução política que tivemos na legislatura anterior, agora com um PS reforçado", no entanto admite fazer cedências de modo a tornar possível "governar com estabilidade".

Certo é que, apesar de ter nesse cenário o preferencial, António Costa não se vê restringido à reedição da geringonça, mesmo que em moldes alargados: "Há seguramente outras formas de poder assegurar a estabilidade", contudo o líder do PS recusa afastar desde já esse cenário porque o "ponto de partida" para as negociações com as forças de esquerda não permite ainda perceber se é, ou não, repetível. 

Seja como for, e dado que PCP rejeita acordos escritos e que o Bloco os considera essenciais, o primeiro-ministro sustenta que a "questão da forma não é o essencial", o "importante é ter estabilidade".

Para António Costa, "maior ou menor estabilidade tem mais a ver com as políticas que se praticam e com os resultados que se obtêm", do que com a tipologia de Governo. Nesse sentido, recordou ter havido governos minoritários que completaram a legislatura e coligações maioritárias que não chegaram ao fim do mandato.

 
Sublinhando que só amanhã poderá perceber melhor as intenções dos comunistas, Costa não deixou de notar a curiosidade que consiste no facto de que quem quis evitar a maioria absoluta para renovar a geringonça agora se coloque "fora" dessa hipótese.

Relativamente às opções programáticas e às linhas vermelhas traçadas por cada partido, Costa disse haver propostas convergentes, outras compatíveis e outras ainda incompatíveis com aquilo que consta do programa do PS. 

08.10.2019

Marcelo já indigitou Costa como primeiro-ministro

Escassos minutos haviam passado desde que Marcelo Rebelo de Sousa completara a audiência aos 10 partidos que, no domingo, asseguraram representação parlamentar, já António Costa chegava ao Palácio de Belém para ser formalmente convidado, pelo Presidente da República, a formar Governo

08.10.2019

Livre pede reunião com BE, CDU e PAN

O Livre, que pela primeira vez  elegeu um deputo para a Assembleia da República, anunciou esta terça-feira que  "convidou o Bloco de Esquerda, o Partido Comunista Português, o Partido Ecologista "Os Verdes" e o Partido Pessoas - Animais - Natureza para discutir as propostas, ações e possíveis convergências durante a próxima legislatura".

O objetivo, diz o partido, passa também por "apresentar-se perante estes partidos enquanto estreante na Assembleia da República para apresentação das propostas que pretende trazer à discussão com base no programa eleitoral que levou às eleições".

Na quarta-feira o Livre vai reunir-se com o PS, sendo que a delegação do partido "será composta por Joacine Katar Moreira, Carlos Teixeira, Patrícia Gonçalves, Pedro Mendonça, Isabel Mendes Lopes e Paulo Velez Muacho".

"A reunião terá lugar na sede do LIVRE, na Praça Olegário Mariano, 5, 2ºesq., 1170-278 Lisboa, a partir das 10h", refere a nota enviada pelo Livre às redações.

08.10.2019

PS diz que Bloco e PCP têm responsabilidade acrescida de garantir "maioria estável"

Pela voz do presidente do partido, Carlos César, o PS defendeu que o Bloco de Esquerda e o PCP, ao assumirem como principal objetivo evitar uma maioria absoluta socialista, "têm agora a responsabilidade de se empenhar para que haja uma maioria estável".

O também ainda líder parlamentar do PS lê, nos resultados eleitorais, "um PS reforçado e também o estímulo que esses resultados dão a todos os partidos para que procedam a um diálogo garantindo a estabilidade nos próximos quatro anos".  

Todavia, para Carlos César há níveis de responsabilidade distintos e cabe ao Bloco e ao PCP especial esforço na busca de uma solução governativa estável. "Todos aqueles que se empenharam para que não houvesse uma maioria absoluta, têm agora a responsabilidade de se empenhar para que haja uma maioria estável", defendeu recordando que esses partidos tiveram "uma votação menor do que anteriormente", facto que lhes atribui uma "maior responsabilidade".

Confirmando ser intenção socialista, se possível, não apenas repetir a fórmula de governação dos últimos quatro anos, mas alargá-la ao PAN e ao Livre, Carlos César mostrou-se otimista de que este conjunto de forças políticas contribuam "efetivamente para a estabilidade".

Porém, tendo em conta a disparidade de intenções de Bloco e PCP, César limita-se a reconhecer que "cada um escolherá a forma como contribuirá para a estabilidade política". Mas quer seja um "acordo escrito ou verbal", o socialista sustenta que o mais relevante é encontrar uma "base sólida de entendimento" sobre as "principais matérias" que vão marcar a próxima legislatura.

Carlos César realçou que o diálogo com essas cinco forças começará já amanhã por iniciativa do PS, antecipou que, "certamente, se prolongará nos próximos dias", e avisou que o "caderno de encargos" dos socialistas e que serve de base para essa negociação é o programa eleitoral do PS. 


O presidente do PS rejeitou ainda fazer qualquer tipo de acordo à esquerda que inviabilize o diálogo com o PSD, um "partido referencial da vida política portuguesa".

"Não está excluída a possibilidade de, em determinadas circunstâncias, estarmos todos de acordo. Até é bom que isso aconteça de vez em quando", concluiu.

08.10.2019

Rui Rio espera que "maioria à esquerda" não inviabilize reformas estruturais

O presidente do PSD saiu da audiência com o Presidente da República sem apontar qualquer objeção a que António Costa seja indigitado primeiro-ministro, o que deverá acontecer ainda na noite desta terça-feira, e com a convicção de que os socialistas irão conseguir formar uma maioria de esquerda para governar. 

"Disse sempre, e acertei, que se o PS ganhasse as eleições com maioria relativa, que iria seguramente procurar uma maioria de esquerda", disse Rui Rio notando que "durante a campanha eleitoral houve aqueles arrufos" entre as forças de esquerda, sobretudo entre socialistas e bloquistas, mas que não terão passado disso mesmo. 

"Está evidente que o desejo do PS é construir essa estabilidade [política] com o Bloco de Esquerda e o PCP se possível, ou eventualmente só com o BE se o PCP não estiver disponível", prosseguiu realçando acreditar que "vai haver essa maioria à esquerda". 

Assumindo ser "óbvio" que o PSD assuma o lugar de líder da oposição, Rio disse esperar que tal maioria não inviabilize acordos de regime, necessariamente entre sociais-democratas e socialistas, com vista à prossecução de "reformas estruturais".

"Não pode haver nenhuma reforma estrutural no país sem a colaboração dos dois maiores partidos, independentemente dos outros também poderem colaborar. Era bom, para Portugal, que não ficasse coartada essa possibilidade", declarou sinalizando disponibilidade do PSD para negociar esse tipo de reformas de médio e longo prazo. 

As áreas em que Rio procurará negociar essas reformas são as mesmas que referiu na campanha e centram-se "na questão do sistema de justiça, do sistema político e da segurança social". 

Rui Rio rejeitou comentar as declarações e notícias vindas a pública sobre putativos candidatos à presidência do PSD, bem como o lamento feito pelo ex-Presidente da República e antigo líder social-democrata, Cavaco Silva, que criticou o facto de diversas figuras do partido como Maria Luís Albuquerque terem ficado de fora das listas de candidatos à Assembleia da República. 

08.10.2019

Catarina Martins defende que acordos escritos deram estabilidade

BE defende que Programa do Governo negociado traz mais estabilidade
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A coordenadora nacional do BE manifestou hoje disponibilidade do seu partido para negociar com o PS "soluções de Programa do Governo", com "um horizonte de legislatura", defendendo que isso foi decisivo para a estabilidade na anterior legislatura.

Quanto à possibilidade de a inexistência de acordos escritos como aqueles que estiveram na base da criação da geringonça contribuir para agravar a instabilidade política, a coordenadora bloquista argumentou que aquilo que conferiu estabilidade nos últimos quatro anos foi precisamente o facto de o programa de Governo do PS ter incluído "medidas negociadas com os outros partidos".

"Isso foi importante para a estabilidade", insistiu recordando que o programa de Governo "não foi igual ao programa eleitoral do PS" pois nasceu de "uma convergência" feita anteriormente pelos socialistas com o Bloco, o PCP e Os Verdes.

Assim sendo, Catarina Martins repetiu a ideia de que o Bloco trabalhará no sentido de uma solução mais estável e duradoura assente em compromissos escritos e previamente definidos, sendo que o caderno de encargos é já conhecido e passa pela resposta às "duas grandes fragilidades" da governação na última legislatura, designadamente "o trabalho e o investimento".

Quanto à possibilidade de haver um acordo escrito com o PS sem a participação do PCP, que hoje voltou a afastar tal possibilidade, Catarina Martins preferiu deixar a resposta para depois da reunião com os socialistas marcada para esta quarta-feira.

"Vamos amanhã conversar com o PS. Sempre valorizámos muito a convergência com o PCP, mas somos partidos autónomos", disse.

08.10.2019

Bloco mantém abertura para acordo de legislatura... se o PS quiser

Após falar com Marcelo, a coordenadora do Bloco de Esquerda insistiu que o cenário preferencial para os bloquistas quanto à governação passa por um acordo escrito tendo em vista a legislatura, contudo Catarina Martins reconhece que "o PS tem legitimidade para [formar] um Governo minoritário que negoceia orçamento a orçamento, caso a caso".

Liderando uma comitiva composta ainda por José Manuel Pureza e Pedro Filipe Soares, Catarina Martins iniciou as respostas aos jornalistas sinalizando concordância com a indigitação de António Costa no imediato porque o Bloco "compreende" a urgência sinalizada pelo Presidente da República no sentido de perceber qual a posição portuguesa "a tempo do Conselho Europeu que vai discutir o Brexit" no final desta semana. 

"Em relação à formação do Governo, já o dissemos na noite eleitoral. O PS teve uma vitória expressiva, tem todas as condições para formar Governo e deve formar Governo", considera a líder do Bloco, partido que "assume as suas responsabilidades enquanto terceira força política".

"Cá estaremos para negociar soluções que possam ser de programa de Governo, portanto com um horizonte de legislatura, [mas] para isso é preciso que haja vontade de ambas as partes. O BE já afirmou disponibilidade para essa negociação", prosseguiu notando depois que, "naturalmente, o PS tem legitimidade para um Governo minoritário que negoceie orçamento a orçamento, caso a caso".

08.10.2019

PCP não fará acordos escritos nem verbais, só admite apoiar Governo do PS "caso a caso"

PCP quer decidir "caso a caso" e realça que Presidente não exigiu qualquer papel
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O secretário-geral do PCP reiterou hoje que os comunistas querem decidir "caso a caso" se aprovam ou se opõem a medidas de um futuro Governo do PS, realçando que o Presidente da República não exigiu "qualquer papel".

Jerónimo de Sousa confirmou a mensagem já transmitida na reação aos resultados eleitorais de domingo. O secretário-geral comunista afasta qualquer possibilidade de fazer acordos para a legislatura com o PS, quer verbais quer escritos. 

O PCP admite, porém, apoiar medidas de um Governo do PS que sejam "boas para os trabalhadores e o povo português". Deste modo, os comunistas excluem fazer acordos de legislatura, sejam estes verbais ou escritos, admitindo, porém, negociar com um Governo socialista "caso a caso, tal como em relação aos orçamentos do Estado", isto porque "é ao pé do pano que se talha a obra".

Depois de falar com Marcelo Rebelo de Sousa, onde esteve acompanhado pelos elementos do Comité Central João Oliveira, Manuela Ângelo e Jorge Cordeiro, o líder do PCP sustentou que perante o atual "quadro" é "óbvia" a indigitação de António Costa, sem "necessidade de outro posicionamento ou de qualquer papel", uma tirada contra a exigência feita há quatro anos quando era ainda Cavaco Silva quem estava em Belém. 

Sublinhando a existência de uma "conjuntura diferente" daquela que se verificava há quatro anos, Jerónimo de Sousa diz que será com base na votação conseguida nas eleições que o PCP vai "reafirmar a disponibilidade para procurar que a política de avanços se verifique em relação a problemas de fundo que continuam a existir na sociedade portuguesa", dando como exemplos os direitos laborais e sociais. 

"Essa linha construtiva existirá da parte do PCP e, simultaneamente, tal como aconteceu durante estes quatro anos, sempre que considerarmos uma medida negativa esta terá a nossa oposição", assegurou lembrando ter sido essa a atitude do partido ao longo da legislatura que agora termina.

Jerónimo de Sousa rejeita que a não assinatura de compromissos escritos seja um elemento perturbador da estabilidade e defende que não foram as posições conjuntas assinadas pelo PS com os parceiros da esquerda a determinar o "desenvolvimento das alterações [políticas] que se verificaram, designadamente no exame comum das propostas de orçamento".

Todavia, "naturalmente o Governo do PS pode provocar instabilidade se não resolver problemas que estão adiados, que se prolongam", acrescentou reiterando uma "grande disponibilidade" dos comunistas para "concretizar avanços" e garantir que "as coisas não andem para trás no plano dos direitos e da recuperação de rendimentos", e prometendo "dar combate ao que for mau para os trabalhadores e o povo português".

Afirmando a "posição própria e independente" do PCP, o secretário-geral diz que na reunião de amanhã com o PS os comunistas irão "dialogar, conversar e explicitar melhor" o pensamento do partido, e avisa que o "guião" para esse encontro é o "programa e propostas" levados às legislativas, em especial medidas de "valorização dos salários como emergência nacional" ou o investimento necessário na saúde e educação.

08.10.2019

Costa vai negociar às sedes das forças de esquerda

O secretário-geral socialista e primeiro-ministro reúne-se esta quarta-feira com as restantes cinco forças políticas da esquerda que, no domingo, asseguraram representação na Assembleia da República. 

Será António Costa a deslocar-se às sedes desses partidos. A agenda tem início às 10:00 na sede do Livre, seguindo-se a ida à sede do PAN pelas 11:30. 

Para depois da hora de almoço ficam as visitas às sedes dos três partidos com quem o PS formou a coligação que apoiou a governação socialista nos últimos quatro anos. Os Verdes às 14:00, o PCP a partir das 16:00 e, por fim, às 18:00 a ida até à sede do Bloco de Esquerda.

08.10.2019

Cristas garante "oposição" e não esclarece se fica como deputada

CDS-PP considera natural PS formar Governo e promete ser "oposição construtiva"
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A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, considerou hoje que é natural o PS formar Governo e prometeu que o seu partido será "uma oposição construtiva", sem esclarecer se irá assumir o mandato de deputada.

A presidente centrista garante que o CDS irá fazer "oposição a um Governo socialista que naturalmente sairá destas eleições, em consonância com o resultado eleitoral". 

Assunção Cristas compromete o partido com uma "oposição sempre construtiva e sempre representando aqueles que confiaram" no CDS. 

Acompanhada por Nuno Melo, Nuno Magalhães, Cecília Meireles e Telmo Correia na ida a Belém, Cristas disse ainda que o CDS não tem nada a opor à indigitação de António Costa, desde logo por se tratar do "líder do partido mais votado" nas legislativas de domingo. 


Tal como no discurso da noite eleitoral em que anunciou que está de saída da presidência do CDS, Assunção Cristas voltou a não esclarecer se pretende cumprir o mandato de deputada para o qual foi eleita. 

08.10.2019

PCP confirma encontro com o PS amanhã às 16:00

Uma delegação do PCP vai mesmo encontrar-se esta quarta-feira com o PS. Os socialistas solicitaram encontros para amanhã com as restantes cinco forças políticas ideologicamente mais à esquerda, porém o PCP não havia ainda dado uma resposta definitiva, não por considerar não marcar presença neste encontro mas por não ter ainda decidido sobre a melhor oportunidade para tal encontro.

Como sugerido pelo PS, a reunião entre socialistas e comunistas vai decorrer a partir das 16:00 desta quarta-feira, na sede do PCP.

A delegação comunista será integrada por Jerónimo de Sousa, Francisco Lopes, Jorge Cordeiro, João Oliveira e José Capucho.

08.10.2019

Verdes mantêm "disponibilidade" para aprovar propostas do PS

José Luís Ferreira disse aos jornalistas que Os Verdes (PEN) concordam com a intenção do Presidente indigitar António Costa como primeiro-ministro e adiantou ter sido esse o "elemento-chave" da reunião mantida com Marcelo Rebelo de Sousa.

"Continuaremos com a mesma disponibilidade e disposição para aprovar todas as propostas" que promovam "justiça e equilíbrio ambiental", acrescentou ainda o deputado eleito pelo partido ecologista que mantém dois parlamentares na Assembleia da República. 

08.10.2019

PAN espera para ouvir o que PS tem a propor, mas exclui coligação

PAN não está disponível para coligações ou acordos para a próxima legislatura
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O porta-voz do PAN, André Silva, mostrou-se hoje favorável a que o secretário-geral do PS, António Costa, seja indigitado primeiro-ministro, caso consiga garantir “um Governo de estabilidade”, mas descartou coligações partidárias ou acordos para a legislatura.

André Silva começou por dizer que o PAN não se opõe a que Marcelo convide desde já António Costa a formar governo, notando que o PS pediu um encontro para amanhã com este partido. 

"Amanhã iremos ouvir" o que o PS tem a propor, notou o líder do PAN que para já apenas se compromete a ouvir o que "o PS pretende da reunião com o PAN". "Em função disso agiremos em conformidade", acrescentou. 

Garantindo que "o PAN não está, à partida, disponível para estabelecer coligações partidárias e acordos de legislatura", André Silva sublinhou que esta posição "não impede" que o agora grupo parlamentar do partido, composto por quatro deputados, mantenha uma atitude "construtiva" e de "diálogo" com os socialistas. 

Quanto às condições que venha a estabelecer para conferir apoio ao PS, quer seja conjuntural ou mais estrutural, o deputado frisa que o partido "está disponível, e tem um compromisso forte com os seus eleitores, para fazer cumprir o seu programa", sendo esse o "caderno de encargos" do PAN.

08.10.2019

PS quer falar com toda a esquerda esta quarta-feira

No dia em que o Presidente da República ausculta todos os partidos que, no domingo, garantiram representação no Parlamento, o PS fechou a agenda de contactos para esta quarta-feira, dia em que pretende reunir-se não apenas com os parceiros dos últimos quatro anos (Bloco de Esquerda, PCP e PEV), mas também com o PAN e o Livre.

Assim, nas conversas exploratórias com vista à busca de uma solução governativa para a próxima legislatura, os socialistas pretendem abordar todas as forças posicionadas no campo político da esquerda.

No entanto, o PS aguarda ainda por confirmação de presença da parte do PCP, partido que está ainda a avaliar a oportunidade desse encontro. Ao que o Negócios pôde apurar, não está em causa a participação do partido liderado por Jerónimo de Sousa nesse encontro, antes a data e hora considerados como mais ajustados pelo PCP. 

A decisão deverá ser tomada na reunião do Comité Central comunista prevista para esta tarde. E apesar de as conclusões da reunião deste órgão serem somente reveladas numa conferência de imprensa na quarta-feira, a confirmação de data e hora para o encontro com o PS deverá ser ainda hoje revelada. 

Seja como for, a agenda dos contactos prevista pelo PS para esta quarta-feira é a seguinte:

Livre às 10:00

PAN às 11:30

Verdes às 14:00

PCP às 16:00

BE às 18:00

08.10.2019

Ventura não apoiará Governo do PS exceto em medidas "proveitosas"

Chega recusa apoio a Governo PS e será oposição
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O presidente do partido Chega reconheceu hoje que o PS, enquanto partido mais votado nas eleições legislativas de domingo, tem legitimidade para formar governo, mas indicou que não o apoiaram, pelo que será oposição na Assembleia da República.

O Chega foi o terceiro e último dos partidos estreantes no Parlamento a ser recebido, em Belém, pelo Presidente. Em resposta aos jornalistas no final da reunião, André Ventura disse reconhecer que o PS "foi o partido mais votado" nas legislativas e, como tal, "deve governar".

"Já se percebeu que António Costa vai ser primeiro-ministro. O Chega lamenta, mas reconhece", atirou o líder do Chega que avisa desde já que, "provavelmente, o próximo Governo não contará com a viabilização nem o apoio do Chega", pese embora admita abrir exceção quando se tratar de medidas "proveitosas" para o país.

Depois de António Costa ter garantido logo na noite eleitoral que não conta com o Chega "para nada", Ventura afiança não colocar "rótulos à partida" e, nesse sentido, não deixará de apoiar medidas em linha com o programa político do partido tais como a restituição de direitos aos polícias e famílias ou a alteração com vista a um código penal mais pesado.


André Ventura aproveitou para "lamentar" as críticas feitas pela comunicação social, em especial pela imprensa internacional, à eleição do Chega, considerando as mesmas "inadmissíveis" por significarem "desrespeito ao voto de milhares de portugueses". 


Dando continuidade a um discurso anti-sistema, acrescentou que o Chega "não veio para combater os partidos mas para combater um regime há muito desacreditado" que, ou é alterado ou "há-de acabar por cair por si", prometendo que não deixará de dizer que "o país está minado por corrupção".

Quanto aos receios inerentes à entrada na Assembleia da República, pela primeira vez, de uma força nacional-populista com propostas conotadas com a extrema-direira, o líder do Chega assegura que "não há alarmismos aqui" e defende que os partidos tradicionais "têm de defender a dignidade dos portugueses", algo que "não têm feito nos últimos anos".

Ventura confirmou ainda que, no âmbito dos contactos mantidos com outras forças políticas estrangeiras, o Chega está em diálogo com o PSL do presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

08.10.2019

Guimarães Pinto deixa críticas à morosidade na contagem dos votos

Mesmo concordando com a marcação das audiências aos partidos para esta terça-feira, Carlos Guimarães Pinto lamentou que estas decorram sem que estejam já contabilizados os votos dos círculos da emigração e, como tal, continuem ainda por eleger quatro deputados.

"Hoje já devíamos ter todos os votos contados e todos os membros do Parlamento conhecidos", afirmou o líder da Iniciativa Liberal depois do encontro com o Presidente da República. 

08.10.2019

IL concorda com indigitação de Costa mas não apoia governo PS

Iniciativa Liberal não apoiará Governo PS, mas reconhece que não há alternativa
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O presidente do Iniciativa Liberal, Carlos Guimarães Pinto, manifestou-se hoje contra a indigitação do secretário-geral do PS como primeiro-ministro e, por isso, não lhe dará apoio parlamentar, mas admite que “não havia qualquer alternativa”.

Após uma breve audiência com Marcelo Rebelo de Sousa, o líder da Iniciativa Liberal disse nada ter a opor à indigitação de António Costa como primeiro-ministro, porém frisou que a IL fará uma "clara oposição ao socialismo", pelo que nunca poderia "apoiar um governo deste tipo".

Carlos Guimarães Pinto explica a concordância com a opção do Presidente da República, que pretende indigitar ainda hoje António Costa, com o facto de não haver "qualquer alternativa" a uma solução governativa protagonizada pelo PS.

"Não há alternativa à indigitação do primeiro-ministro António Costa. Não iremos apoiar esse Governo, que fique muito claro que a minha posição é essa", explicou.

08.10.2019

Livre disponível para negociar com todos mas dá prioridade à reedição da geringonça

Livre considera fundamental entendimento entre partidos da geringonça
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A deputada eleita Joacine Katar Moreira considerou hoje “fundamental que haja um entendimento” entre os partidos que apoiaram a solução governativa em 2015, esclarecendo que o Livre está disposto ao diálogo mas não pretende entrar numa "coligação partidária".

À saída da audiência com o Presidente da República, a deputada eleita pelo Livre, Joacine Katar Moreira confirmou a disponibilidade deste partido para negociar com todas as forças políticas, contudo em termos de governação estabelece como prioridade a reedição da geringonça entre PS, Bloco, PCP e Verdes.

Joacine Katar Moreira realçou que o Livre considera "fundamental que haja entendimento, mas inicialmente entre os partidos que constituíram esta união nos últimos quatro anos", realçou a responsável à saída do encontro com o Presidente da República.

 

É "necessário que haja uma responsabilização e um entendimento entre os que efetivamente iniciaram isto", salientou, admitindo que o Livre está "completamente disponível para conversar e dialogar com todos os partidos políticos e, numa eventualidade, consideraríamos útil e necessário que houvesse uma espécie de entendimento multilateral", acrescentou.

"Não é o nosso objetivo entrar na constituição de nenhuma coligação partidária", realçou Joacine Katar Moreira.

 

A responsável sublinhou ainda que o Livre está disponível apenas para apoios pontuais. "Iremos nestes futuros quatro anos estar completamente orientados na defesa do nosso programa eleitoral, insistindo sucessivamente na necessidade de maior justiça social e maior justiça climática", admitindo, contudo, que "existem muitos aspetos e muitas medidas que nos unem especialmente alguns partidos à esquerda."

Como tal, adiantou a total disponibilidade do Livre para negociar "uma espécie de entendimento multilateral".

O fundador e principal rosto do Livre, Rui Tavares, que acompanhou a delegação do partido a Belém, também falou à saída do encontro com Marcelo para notar que "o tema principal destas audiência é o Brexit", a razão que levou o Presidente a querer acelerar o calendário para a indigitação de António Costa como primeiro-ministro. 

08.10.2019

Marcelo Rebelo de Sousa recebe partidos

O Presidente da República vai receber esta terça-feira os partidos que conseguiram eleger deputados no dia 6 de outubro. 

Agenda:

11h30 - LIVRE (L)
12h00 - Iniciativa Liberal (IL)
12h30 - CHEGA (CH)
13h00 - Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV)
13h30 - Pessoas-Animais-Natureza (PAN)
16h00 - CDS - Partido Popular (CDS-PP)
17h00 - Partido Comunista Português (PCP)
18h00 - Bloco de Esquerda (B.E.)
19h00 - Partido Social Democrata (PPD/PSD)
20h00 - Partido Socialista (PS)

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