Notícia
José Silvano é o novo secretário-geral do PSD
O deputado José Silvano foi escolhido para substituir Feliciano Barreiras Duarte na secretaria-geral do PSD. De acordo com um comunicado do partido, Silvano vai começar a exercer funções no "imediato". Porém, o nome escolhido por Rio precisa ainda do aval do Conselho Nacional.
O deputado José Silvano foi o nome escolhido pela direcção social-democrata para ser o novo secretário-geral do PSD. Segundo um comunicado divulgado pelo PSD, Silvano vai iniciar "funções de imediato", embora interinamente até confirmação pelo Conselho Nacional do partido.
Depois de já ter sido presidente da câmara municipal de Mirandela e parlamentar entre 1995 e 1999, José Silvano é deputado desde 2015, integrando várias comissões parlamentares na Assembleia da República. Com a passagem de Fernando Negrão para a liderança da bancada "laranja", Silvano havia passado a coordenador do PSD na Comissão Eventual para o Reforço da Transparência no Exercício de Funções Públicas.
Na nota enviada às redacções, o PSD adianta que a escolha de José Silvano "deverá ser ratificada na próxima [reunião da] Comissão Política Nacional, agendada para 28 de Março, e, posteriormente, no Conselho Nacional do PSD". O primeiro problema, que consistia na escolhe do substituto de Feliciano Barreiras Duarte, que se demitiu este domingo na sequência da polémica relacionada com o currículo, está assim resolvido. Porém, a escolha do presidente social-democrata, Rui Rio, terá ainda de ser validada no Conselho Nacional (que só decorre em Abril), órgão onde a actual direcção não dispõe de maioria absoluta.
No Congresso do PSD de Fevereiro, a lista articulada entre Rio e Santana Lopes garantiu 34 dos 70 lugares. Os estatutos do PSD estabelecem que a eleição seja feita por voto secreto e a necessidade de uma maioria simples (36 votos), duas condições que poderão dificultar a validação do nome de José Silvano. É que depois da fraca votação (apenas 37% dos votos) conseguida por Negrão na eleição para presidente dos deputados sociais-democratas, Rio poderá enfrentar novas dificuldades, uma vez que mesmo os "conselheiros santanistas" eleitos na lista conjunta poderão opor-se à nova escolha do líder do PSD.
Com o objectivo de contornar eventuais bloqueios, Rui Rio viu-se na necessidade de escolher um nome capaz de agradar às várias correntes internas do partido, em particular aquelas que compõem o Conselho Nacional. No entanto, também Fernando Negrão era visto como alguém capaz de garantir convergências, o que não impediu a eleição com a minoria dos votos. Fonte parlamentar do PSD ouvida pelo Negócios lembra precisamente que "já a escolha de Negrão pretendia servir para criar consensos e foi o que foi".
A dificultar a vida de Silvano poderá estar também uma decisão tomada em 2005, quando presidia à autarquia de Mirandela e convidou Elina Fraga para a bancada municipal social-democrata. A escolha da antiga bastonária da Ordem dos Advogados para figurar entre os novos vice-presidentes do partido suscitou vaias no Congresso "laranja", um factor que poderá levar alguns membros do Conselho Nacional a identificar José Silvano como alguém próximo de Elina Fraga.
(Notícia actualizada pela última vez às 20:11)
Depois de já ter sido presidente da câmara municipal de Mirandela e parlamentar entre 1995 e 1999, José Silvano é deputado desde 2015, integrando várias comissões parlamentares na Assembleia da República. Com a passagem de Fernando Negrão para a liderança da bancada "laranja", Silvano havia passado a coordenador do PSD na Comissão Eventual para o Reforço da Transparência no Exercício de Funções Públicas.
No Congresso do PSD de Fevereiro, a lista articulada entre Rio e Santana Lopes garantiu 34 dos 70 lugares. Os estatutos do PSD estabelecem que a eleição seja feita por voto secreto e a necessidade de uma maioria simples (36 votos), duas condições que poderão dificultar a validação do nome de José Silvano. É que depois da fraca votação (apenas 37% dos votos) conseguida por Negrão na eleição para presidente dos deputados sociais-democratas, Rio poderá enfrentar novas dificuldades, uma vez que mesmo os "conselheiros santanistas" eleitos na lista conjunta poderão opor-se à nova escolha do líder do PSD.
Com o objectivo de contornar eventuais bloqueios, Rui Rio viu-se na necessidade de escolher um nome capaz de agradar às várias correntes internas do partido, em particular aquelas que compõem o Conselho Nacional. No entanto, também Fernando Negrão era visto como alguém capaz de garantir convergências, o que não impediu a eleição com a minoria dos votos. Fonte parlamentar do PSD ouvida pelo Negócios lembra precisamente que "já a escolha de Negrão pretendia servir para criar consensos e foi o que foi".
A dificultar a vida de Silvano poderá estar também uma decisão tomada em 2005, quando presidia à autarquia de Mirandela e convidou Elina Fraga para a bancada municipal social-democrata. A escolha da antiga bastonária da Ordem dos Advogados para figurar entre os novos vice-presidentes do partido suscitou vaias no Congresso "laranja", um factor que poderá levar alguns membros do Conselho Nacional a identificar José Silvano como alguém próximo de Elina Fraga.
(Notícia actualizada pela última vez às 20:11)