Notícia
Jerónimo abre a porta a geringonça em Lisboa
É a primeira vez que Jerónimo de Sousa se refere, de forma tão directa, ao cenário de coligações após as eleições autárquicas. Lisboa é o laboratório provável para uma reedição da geringonça, agora a nível local.
22 de Novembro de 2016 às 19:32
O secretário-geral do PCP admitiu esta terça-feira a possibilidade de a CDU, coligação que integra PCP e Verdes, vir a estabelecer acordos pós-eleitorais nas eleições autárquicas "para resolver problemas". Reafirmando que o PCP nunca abdicará de uma candidatura própria, em nome da CDU, Jerónimo de Sousa mostrou, pela primeira vez, de uma forma directa, abertura à realização de acordos à esquerda nas câmaras, à semelhança do que aconteceu, a nível nacional, com o Governo de António Costa.
"Está claro para nós que vamos concorrer no quadro da CDU", disse, citado pela Lusa. "Naturalmente, depois das eleições, nunca tivemos problemas em entender-nos e assumir compromissos com aqueles que querem resolver os problemas das populações, mas na batalha eleitoral vamos concorrer, sem excepções, no quadro da CDU", afirmou, após um encontro com dirigentes da Associação Intervenção Democrática (ID), que faz parte da CDU, juntamente com "Os Verdes".
Esta é a primeira vez que Jerónimo de Sousa se refere de uma forma directa à possibilidade de coligações pós-eleitorais nas autárquicas. Em entrevista à TSF, a 2 de Outubro, o secretário-geral comunista disse que a CDU terá um "candidato próprio em Lisboa", concorrendo "em todo o espaço nacional". "Não pode ser confundido com a solução política actual", disse então.
A Câmara de Lisboa, actualmente presidida pelo socialista Fernando Medina, tem sido apontada como um palco possível para a reedição de uma geringonça a nível local. Medina é presidente da maior autarquia do país desde Abril de 2015, na sequência da saída de António Costa para líder do PS e candidato a primeiro-ministro.
Com a indefinição à direita - o PSD ainda não tem candidato -, o cenário de Medina vencer sem maioria absoluta faz parte das hipóteses de trabalho. E neste caso, o presidente da câmara poderá precisar dos autarcas eleitos pelo PCP e Bloco de Esquerda. O próprio afirmou em Abril, quando admitiu ser candidato pelo PS, a vontade de dialogar com os restantes candidatos. "É bom ter um diálogo que seja consequente do ponto de vista das políticas e dos protagonistas", disse em entrevista à SIC, e sem antecipar onde esse diálogo poderia levar os candidatos.
Também o Bloco de Esquerda não fecha a porta a este cenário. Catarina Martins, em entrevista ao Negócios, disse que "desde que existam as condições políticas, o BE assumirá essa responsabilidade" de uma eventual coligação pós-eleitoral em Lisboa.
Oficialmente, o Bloco ainda não anunciou o nome do candidato a Lisboa, mas o Expresso avançou que o partido está a construir caminho para que seja Ricardo Robles. O deputado municipal na autarquia de Lisboa tem sido apontado como alternativa a Mariana Mortágua, que se distanciou da corrida. "É tempo de o Bloco valorizar protagonistas, bons autarcas que fizeram um bom trabalho e que têm resultados para mostrar", disse numa entrevista ao JN citada pelo Expresso.
Na última convenção, em Junho, o Bloco reafirmou pela primeira vez abertura à realização de acordos pós eleitorais, o que também pode ser visto como uma porta aberta a eventuais entendimentos com Fernando Medina.
"Está claro para nós que vamos concorrer no quadro da CDU", disse, citado pela Lusa. "Naturalmente, depois das eleições, nunca tivemos problemas em entender-nos e assumir compromissos com aqueles que querem resolver os problemas das populações, mas na batalha eleitoral vamos concorrer, sem excepções, no quadro da CDU", afirmou, após um encontro com dirigentes da Associação Intervenção Democrática (ID), que faz parte da CDU, juntamente com "Os Verdes".
A Câmara de Lisboa, actualmente presidida pelo socialista Fernando Medina, tem sido apontada como um palco possível para a reedição de uma geringonça a nível local. Medina é presidente da maior autarquia do país desde Abril de 2015, na sequência da saída de António Costa para líder do PS e candidato a primeiro-ministro.
Com a indefinição à direita - o PSD ainda não tem candidato -, o cenário de Medina vencer sem maioria absoluta faz parte das hipóteses de trabalho. E neste caso, o presidente da câmara poderá precisar dos autarcas eleitos pelo PCP e Bloco de Esquerda. O próprio afirmou em Abril, quando admitiu ser candidato pelo PS, a vontade de dialogar com os restantes candidatos. "É bom ter um diálogo que seja consequente do ponto de vista das políticas e dos protagonistas", disse em entrevista à SIC, e sem antecipar onde esse diálogo poderia levar os candidatos.
Também o Bloco de Esquerda não fecha a porta a este cenário. Catarina Martins, em entrevista ao Negócios, disse que "desde que existam as condições políticas, o BE assumirá essa responsabilidade" de uma eventual coligação pós-eleitoral em Lisboa.
Oficialmente, o Bloco ainda não anunciou o nome do candidato a Lisboa, mas o Expresso avançou que o partido está a construir caminho para que seja Ricardo Robles. O deputado municipal na autarquia de Lisboa tem sido apontado como alternativa a Mariana Mortágua, que se distanciou da corrida. "É tempo de o Bloco valorizar protagonistas, bons autarcas que fizeram um bom trabalho e que têm resultados para mostrar", disse numa entrevista ao JN citada pelo Expresso.
Na última convenção, em Junho, o Bloco reafirmou pela primeira vez abertura à realização de acordos pós eleitorais, o que também pode ser visto como uma porta aberta a eventuais entendimentos com Fernando Medina.