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Alexis Tsipras reclama eleições antecipadas na Grécia. Governo considera pedido "inconstitucional"

O líder do Syriza, Alexis Tsipras, defende eleições antecipadas na Grécia depois de o seu partido ter vencido as europeias. Os partidos da coligação governamental consideram a proposta "inconstitucional".

Grécia - Gregos mantêm posição de força contra medidas impostas pela troika
Reuters
Negócios 26 de Maio de 2014 às 16:01
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Alexis Tsipras quer eleições na Grécia "tão cedo quanto possível" por uma questão de "normalidade democrática". O pedido foi feito esta segunda-feira, 26 de Maio, depois do encontro com o Presidente, Karolos Papoulias, refere o "Ekathimerini".

 

O líder do partido mais votado nas europeias, o Syriza, considera que os resultados traduzem a "falta de ligação entre a vontade do povo e a representação parlamentar" na Grécia, referiu, citado pela mesma fonte.

 

O secretário-geral do partido de extrema-esquerda avisou ainda o primeiro-ministro, Antonis Samaras, para não adoptar mais medidas de austeridade sem consultar o Syriza. Tsipras deu como exemplos a possível privatização do sector da água, a escolha do novo governador do Banco Central da Grécia e a nomeação do próximo comissário grego na Comissão Europeia.

 

Os dados oficiais indicam a vitória do Syriza nas eleições europeias com 26,57%, seguido do Nova Democracia (de Samaras) com 22,75%. O partido Aurora Dourada (extrema-direita) registou 9,38% e a coligação do PASOK com outras forças políticas (Olive Tree) registou 8,04%.

 

A coligação do Governo, liderado por Antonis Samaras, recusa o pedido de Tsipras. A posição foi defendida esta segunda-feira, 26 de Maio, quer pelo porta-voz do Executivo quer pelo líder de um dos partidos da coligação, Evangelos Venizelos, líder dos socialistas do PASOK, em conferência de imprensa.

 

O porta-voz governamental, Simos Kedikoglou, considera que a vitória do Syriza não pode ser interpretada como um voto contra os partidos do Governo: "se fosse esse o caso, os Governos não conseguiriam completar mandatos de quatro anos". Também da coligação, Venizelos apelidou de "inconstitucional" o pedido de Alexis Tsipras.

 

Na véspera das eleições, Antonis Samaras tinha indicado aos gregos que o acto eleitoral de domingo, 25 de Maio, não seria um referendo ao Governo helénico

 

A mesma fonte indica que o número um e o número dois do Executivo, Antonis Samaras e Evangelos Venizelos, respectivamente, vão encontrar-se na quinta-feira, 29 de Maio, para analisar os resultados eleitorais da votação na Grécia para o Parlamento Europeu. Para o mesmo dia estão marcados encontros bilaterais dos dois líderes com o Presidente grego, Karolos Papoulias.

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