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Governo muda site oficial um ano depois do programado

Os documentos de cada pasta governamental, notas escritas sobre eventos do Governo e uma área de consultas públicas constam da nova versão do portal do Governo, reformulada no âmbito do Simplex+. As informações sobre os antigos Executivos mantêm o grafismo anterior.

Bruno Simão/Negócios
05 de Outubro de 2017 às 08:00
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Uma das mais de 250 medidas do Simplex+2016 era a reformulação do site oficial do Governo. Foi uma das que não ficou concluída a tempo. A 5 de Outubro de 2017, dia em que se comemoram 107 anos da República Portuguesa, a proposta é posta em prática. O Executivo fala em maior "capacidade de escrutínio".

 

"Este novo instrumento prossegue dois dos compromissos assumidos no Programa de Governo: garantir um Estado inteligente e moderno, e aumentar a transparência e capacidade de escrutínio das instituições públicas", indica o comunicado do gabinete da ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques.

 

Esta é uma das medidas do Simplex+2016: "Reformular o Portal do Governo com o objectivo de o tornar mais intuitivo, através de uma melhor comunicação e informação ao cidadão". O prazo para a concretização era o quarto trimestre de 2016, mas não ficou concluído a tempo, como admite o balanço daquele programa, que apontava para uma taxa de execução de 89% - o site foi um dos restantes 11%. A mudança acaba por acontecer no início do quarto trimestre de 2017. 

 

Segundo a nota do Ministério da Presidência, com esta reformulação do portal está em causa "mais uma importante etapa na estratégia de comunicação do Executivo", sendo que é dito que o novo portal pode ser visitado pelas várias plataformas, como tablets e smartphones, e não apenas computadores.

 

Uma das áreas que o comunicado refere ter sido alterada diz respeito à da composição do Governo: está apresentado "de forma mais clara o elenco governativo e as respectivas remodelações de cada legislatura". Neste campo, é possível ver os vários períodos temporais em que houve alterações da estrutura do Executivo, com os governantes que já abandonaram as funções – desde o ex-ministro da Cultura, João Soares, que saiu após ameaçar dar "bofetadas" a um colunista, aos antigos secretários de Estado que abandonaram os cargos com as polémicas das viagens pagas pela Galp – a surgirem num tom mais transparente.

Os documentos de cada pasta governamental, notas escritas sobre eventos do Governo e uma área de consultas públicas constam da nova versão do portal do Governo. 

 

De acordo com a ficha técnica, o site foi construído pela Masterlink após um processo de consulta pública a várias empresas, que decorreu no ano passado. A vencedora – que tem como clientes várias entidades públicas como a Inspecção-Geral das Finanças, a Direcção-Geral da Saúde e privadas como a Coca-Cola – concretizou o trabalho "em parceria com o Ceger". Este centro de gestão da rede informática do Governo é quem actualmente mantém o portal, cuja informação é dirigida pelo gabinete da ministra da Presidência.

De qualquer forma, há ainda áreas que não estão actualizadas: os mais recentes diplomas referendados pelo primeiro-ministro e disponibilizados no site datam de 21 de Março de 2017. Há, também, nomeações de gabinetes ministeriais que ocorreram e que não constam ainda das equipas.

 

O site mantém um espaço para anteriores Governos, mas as informações sobre essas antigas estruturas mantêm o grafismo anterior.

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