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Ex-PGR Joana Marques Vidal vai ao Clube dos Pensadores: “A vida política está a ficar ‘mexicanizada’”

Após quase três anos de ausência, o espaço de debate promovido por Joaquim Jorge regressa na próxima segunda-feira. “A política amansada, o medo, a subsidiodependência, fez-nos mudar de opinião”, justifica o fundador.

Joana Marques Vidal, ex-procuradora-geral da República.
08 de Março de 2022 às 12:40
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A ex-procuradora-geral da República (PGR) Joana Marques Vidal vai estar na noite da próxima segunda-feira, 14 de março, em Vila Nova Gaia, no Clube dos Pensadores (CdP), um espaço de reflexão que promoveu perto de 130 debates com figuras como Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa, Rui Rio, Catarina Martins ou Jerónimo de Sousa, e que tinha chegado ao fim há cerca de três anos, depois de quase 14 de atividade.

 

"Quando o CdP interrompeu as suas sessões em 2019, por cansaço de Joaquim Jorge e, também, porque já não se justificava a sua intervenção pública. Contudo, passado este tempo, a insistência de muita gente, a política amansada, o medo, a subsidiodependência, fez-nos mudar de opinião", explica o CdP num comunicado enviado pelo seu fundador.  

"É um risco que corremos, já não é novidade, mas achamos que se justifica, termos um CdP em versão ‘soft’ e atualizada no seu formato", pelo que, "sempre que se justifique realizar uma sessão aqui ou acolá, não com a cadência mensal e nos moldes anteriores, mas debates pontuais ao longo do tempo".

 

Para Joaquim Jorge, "O PS, ao ter uma maioria absoluta, num horizonte até 2026 e com a distribuição do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) estará omnipresente na vida política portuguesa. Há muitos portugueses que se refugiam no PS para terem segurança e subsídios, assim, a vida política está a ficar ‘mexicanizada’. Para qualquer lado que se olhe está lá um socialista, um familiar ou um amigo", acusa.

 

"O medo desta pandemia não nos pode paralisar de pensar e ter ideias. A guerra na Ucrânia é algo pelo qual os portugueses vão pagar caro", alerta.

 

Por outro lado, "a Justiça e a perceção que os portugueses têm da sua lentidão e ineficácia", sinaliza. "A noção que há uma Justiça para ricos, poderosos e influentes, e que há outra Justiça para pobres e sem recursos, é nefasta. Por outro lado, tem que haver uma verdadeira separação entre o poder político e o poder judicial", afirma.

 

Defendendo que "Portugal precisa de mais oposição, menos unanimismo e mais gente a pensar de forma diferente", o CdP procurar, "no futuro, ter presente líderes de outras formações políticas: Iniciativa Liberal, Chega, PAN, Livre".

 

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