Notícia
Cristas acusa Governo de opacidade na eventual entrada da Santa Casa no Montepio
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, acusou hoje o Governo de opacidade na eventual entrada da Santa Casa de Lisboa no Montepio, sublinhando que se trata de dinheiro público e deve ser salvaguardado o interesse dos contribuintes.
"Aquilo que sentimos é uma grande opacidade, falta de explicações dadas nesta matéria, além do mais, sem se explicar às pessoas que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa só no nome é que é semelhante às outras Santas Casas. A Santa Casa de Lisboa pertence ao Estado, pertence ao Ministério da Solidariedade", afirmou Assunção Cristas aos jornalistas, durante uma visita a uma feira alimentar em Lisboa.
A líder centrista sublinhou que "aquilo que se está aqui a tratar é se o Estado, através da Santa Casa da Misericórdia, vai ou não meter dinheiro no Montepio".
"Isso é preciso ser explicado, com toda a transparência, que montantes estamos a falar, porquê, como é que se salvaguarda os interesses dos contribuintes portugueses. É preciso que as explicações sejam dadas e o parlamento é o local certo", sustentou.
Assunção Cristas disse que "o CDS foi o primeiro partido a pedir explicações ao ministro da Solidariedade, que deu algumas explicações no parlamento, porém, não conseguiu justificar as questões de fundo que levariam a Santa Casa a entrar no Montepio".
"A sensação que fica para todos nós é que não há propriamente uma vantagem do lado da Santa Casa, há uma necessidade do lado do Montepio. Se é assim, é preciso que tudo seja absolutamente explicado, tudo seja esclarecido, e não se podem fazer as coisas debaixo do tapete", argumentou.
Hoje, o Jornal de Negócios adianta que "a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está mais perto de investir no Montepio" e que "estão a ser feitas diligência, com a ajuda de consultores", para se perceber "como poderá ser feito um possível investimento na caixa económica e se o mesmo é favorável" à instituição presidida por Pedro Santana Lopes.
Além disso, o jornal realça o "conforto do Governo" com essa possibilidade.