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Costa promete "Governo de continuidade" e pede cooperação da esquerda e PAN
O primeiro-ministro compromete-se prosseguir nesta legislatura a "mudança" iniciada em 2015. Para o fazer, António Costa espera contar com a colaboração dos partidos da esquerda e do PAN. Entre as prioridades assumidas, o líder socialista quer reforçar combate contra a corrupção e a melhoria dos salários.
Sem grandes novidades face ao discurso feito, no sábado, durante a tomada de posse do XXII Governo Constitucional, António Costa anunciou esta quarta-feira, no Parlamento, que o novo Executivo será de "continuidade da mudança" iniciada em 2015.
Na primeira de duas sessões de discussão do programa de Governo, o primeiro-ministro lembrou que a vitória eleitoral inequívoca do PS faz com que o programa do Governo corresponda, "no essencial", às propostas que o partido levou às legislativas.
E para prosseguir essas políticas que constituem uma "linha de continuidade face à solução política dos últimos anos", o também secretário-geral socialista compromete-se manter o "empenho" no diálogo e, em contrapartida, pede aos partidos da esquerda parlamentar, e ao PAN, que colaborem no sentido de "garantir a estabilidade e continuar a melhorar a vida dos portugueses".
Costa tentou assim esclarecer dúvidas e deixar garantias de que, apesar de a geringonça não ter sido reeditada, o espírito de cooperação e diálogo à esquerda é para preservar. O líder socialista fez ainda questão de salientar a centralidade da Assembleia da República no regime, frisando que "é perante o Parlamento – e só perante o Parlamento – que o Governo é politicamente responsável".
António Costa aproveitou ainda para elencar um conjunto de medidas que constam do programa do Governo, sendo que nesse rol surgiam políticas novas e outras já antes anunciadas.
Neste último caso insere-se o reforço do investimento na ferrovia. Quando Costa falava sobre o tema, surgiu grande burburinho nas bancadas da direita, o que levou o primeiro-ministro a recorrer à ironia dizendo que finalmente aqueles deputados perceberam que "para colher é preciso semear".
Habitação, valorização salarial, em particular dos jovens qualificados, combate à corrupção, saúde, aposta na qualificação e criação de condições para os estudantes do ensino superior, foram algumas das ideias destacadas.
(notícia atualizada)