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Costa: Bónus na TAP são "incompatíveis com os padrões de sobriedade que se devem exigir"

Questionado pelo deputado do PSD Fernando Negrão sobre os bónus atribuídos à administração da TAP apesar do prejuízo superior a 100 milhões de euros em 2018, o primeiro-ministro defendeu que esses prémios são "incompatíveis com os padrões de sobriedade que se devem exigir" em empresas na esfera do Estado.

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Um dos temas quentes do momento foi trazido ao debate quinzenal pelo deputado e líder parlamentar do PSD. Fernando Negrão começou por recordar que o primeiro-ministro sempre rejeitou interferir na gestão da TAP apesar da reversão da privatização da operadora aérea para depois falar nos prémios de gestão atribuídos à administração da empresa apesar do prejuízo superior a 100 milhões de euros registado no ano passado. 

Negrão lamentou que o Governo se tenha limitado a criticar estes bónus - referência ao comunicado do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos -, ao que António Costa respondeu notando que foi marcada para a tarde desta quinta-feira uma reunião extraordinária do conselho de administração da operadora para vai avaliar a atribuição de prémios que o primeiro-ministro considera serem "incompatíveis com os padrões de sobriedade que se devem exigir" às empresas públicas que estão na esfera do Estado. 

Ao início da tarade, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, emitiu um comunicado crítico para a comissão executiva da TAP, que acusa de "quebra de confiança" por ter atribuído prémios a 180 trabalhadores no valor total de 1,17 milhões de euros.

"O Ministério das Infraestruturas e da Habitação discorda da política de atribuição de prémios, num ano de prejuízos, a um grupo restrito de trabalhadores e sem ter sido dado conhecimento prévio ao Conselho de Administração da TAP da atribuição dos prémios e dos critérios subjacentes a essa atribuição, não se revendo na conduta da comissão executiva que agiu em desrespeito dos deveres de colaboração institucional que lhe são conferidos", afirma-se no referido comunicado.

Tal como Negócios noticiou, os representantes do Estado no conselho de administração da TAP decidiram convocar para esta quinta-feira uma reunião extraordinária destinada a debater a questão do prémios.

Esta manhã, já com a polémica instalada, a comissão executiva da TAP enviou uma mensagem aos trabalhadores onde justifica o pagamento de prémios a 180 trabalhadores  com o cumprimento por parte dos mesmos das metas definidas para o ano passado.

"Os prémios de performance pagos em 2019 dizem respeito ao alcance dos objetivos definidos em 2108, para as áreas e individuais" afirma a comissão executiva liderada por Antonoaldo Neves e composta ainda David Pedrosa e Raffael Quintas.

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