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Costa apela às famílias para que façam autotestes antes de se juntarem no Natal

"Façam pelo menos um autoteste antes de se juntarem para a consoada e para o dia de Natal, para que tenhamos um dia seguro", apelou o primeiro-ministro no programa de entretenimento "Casa Feliz" da SIC. António Costa considerou que vacinação obrigatória não será necessária e recomendou vacina para crianças entre 5 e 11 anos.

Pedro Nunes/Reuters
08 de Dezembro de 2021 às 13:40
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O primeiro-ministro esteve esta quarta-feira no programa de entretenimento da SIC "Casa Feliz", onde deixou vários alertas para o Natal que se aproxima. António Costa defendeu que as famílias devem fazer um autoteste antes de se juntarem para a quadra natalícia e pôs de lado qualquer possibilidade de avançar com a vacinação obrigatória.

"Com o nível de vacinação que temos cada vez há mais pessoas que, estando infetadas, não têm qualquer sintoma. E com isso correm o risco de estar a infetar outros. Por isso, façam pelo menos um autoteste antes de se juntarem para a consoada e para o dia de Natal, para que tenhamos um dia seguro", apelou o primeiro-ministro, no programa "Casa Feliz". 

Para evitar que o próximo mês de janeiro seja igual ao do ano passado, em que se gerou uma nova vaga de infeções devido à "folga" dada do Natal, António Costa explicou que foi criada a chamada "semana de contenção" em janeiro, "para evitar que as famílias se cruzem no trabalho ou nas escolas", no caso das crianças e jovens.

O líder do Executivo socialista reafirmou que "é fundamental" que sejam tomadas "todas as cautelas". "A vacina é muito importante para dar proteção, mas não é suficiente para acabar com a pandemia. Temos de ajudar a vacina a acabar com a pandemia, com os nossos comportamentos individuais", frisou, acrescentando que a testagem é "muito importante". 

Apesar dos novos casos de covid-19 estarem a subir nas últimas semanas, o primeiro-ministro diz que a testagem tem permitido "conter" a pandemia, ao permitir detetar e isolar os casos positivos e contactos de risco. E afirmou: "Praticamente todos os dias temos estado a bater recordes de testagem e temos de continuar com este ritmo". 

Vacinação obrigatória? Não será necessário
Enquanto a discussão sobre a vacinação obrigatória contra a covid-19 vai ganhando terreno na Europa, com países como a Áustria e a Grécia a avançarem com a medida, António Costa diz que essa questão "não faz o menor sentido" em Portugal, devido à "adesão extraordinária" às vacinas que se verificou no país.

"Qual é o sentido de criar uma lei a obrigar as pessoas a fazer aquilo que elas espontânea e naturalmente estão a fazer? É uma questão que, para nós, não faz sentido", argumentou.

A opinião que é partilhada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que já disse anteriormente que "os portugueses percebem que devem vacinar-se, sem necessidade de vacinação obrigatória". 

Vacinação de crianças é "importante"
Para os portugueses que ainda não se vacinaram, António Costa lembrou que, neste momento, há já "uma amostra enorme de milhões de pessoas foram vacinadas" e que os efeitos secundários como dores no braço e inflamações são "raríssimos e não têm comparação com os riscos que se incorre na contração da doença".

"Estamos hoje mais protegidos [com a vacina]. Devem ganhar confiança, porque é verdade que, houve menos tempo, mas os laboratórios e a ciência não encurtaram etapas de testes que tinham de ser feitos. As vacinas não foram colocadas no mercado sem serem devidamente testadas sobre a sua segurança", salientou.

Sobre a vacinação das crianças entre os 5 e 11 anos, António Costa disse que "é importante" porque, embora "sofram menos com a doença, são transmissoras" da covid-19. Salientou ainda que uma criança infetada pode infetar toda o agregado familiar e pode outros colegas na escola, condicionando todo o programa de recuperação de aprendizagens.

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) decidiu, esta terça-feira, recomendar a vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos, mas o líder do Executivo lembra que a decisão caberá sempre aos pais. "Não é o Estado que vai obrigar ninguém a ser vacinado", reiterou. O programa e calendário da vacinação deverá ser conhecido "no final desta semana".

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