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Costa admite um “conjunto de episódios que não são positivos” na CGD

António Costa admitiu esta noite que a polémica sobre a apresentação de declarações de rendimentos da administração da Caixa Geral de Depósitos, bem como a respectiva formação, constituem episódios "que não são positivos". Mas o que importa é a capitalização do banco.

bloomberg
05 de Dezembro de 2016 às 22:10
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António Costa admitiu, em entrevista à RTP, que as polémicas que envolveram a administração da Caixa Geral de Depósitos constituem episódios "que não são positivos". O primeiro-ministro tentou desvalorizá-los, garantindo que são situações "que o tempo deixará para trás". O "essencial" foi conseguido: a recapitalização e reestruturação da CGD que vai manter a instituição na esfera pública.

 

"É evidente, ninguém pode negar que houve, quer no processo de formação da administração [da CGD], quer no debate sobre o cumprimento das obrigações legais da administração, um episódio, ou um conjunto de episódios, que não são positivos", assumiu o primeiro-ministro. Costa contextualizou logo depois o assunto. "Convém não confundir o que são episódios que o tempo deixará para trás com o que é essencial e fica para o futuro", pediu.

 

E o essencial, para a Caixa, foi ter "ultrapassado o estado de negação" e "obtido a capitalização" de forma a assegurar "o fundamental", que é "mantê-la 100% pública, do Estado, ao serviço das famílias e da economia e a continuar a ser o grande pilar de estabilidade do nosso sistema financeiro".

 

Costa não esclareceu se houve algum acordo com a agora demissionária equipa de António Domingues a dispensar a entrega das declarações de rendimentos e património. O primeiro-ministro repetiu apenas o que Mário Centeno já dissera. "Tudo o que foi acordado com o dr. Domignues foi escrupulosamente cumprido por parte do Governo", garantiu.

 

Em concreto, foi "cumprido o que diz respeito a que houvesse luz verde prévia do plano de capitalização e reestruturação que ele tinha preparado", bem como "que teria um regime salarial compatível com o sistema de mercado" e foi ainda cumprida "a garantia solicitada de que não seria aplicado o Estatuto do Gestor Público". Costa lembra, quanto a esta última garantia, que o decreto-Lei "foi aprovado em Conselho de Ministros, apreciado na Assembleia da República" e promulgado pelo Presidente.

 

Se assim foi, porque houve demissão? "Segundo o que vejo na comunicação social, o tema das declarações não sei se foi efectivo, porque elas foram até apresentadas", atirou Costa.

 

Costa lamentou a saída de Domingues mas diz que agora é tempo de pensar no futuro. "Lamento q tenha tomado a decisão que tomou, respeito-a, agora há novo presidente indigitado, está submetido já à apreciação do BCE", e Costa diz ter "a certeza de que fará uma boa administração da CGD".

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