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Compromisso de esclarecimento sobre Tancos está por cumprir por Azeredo Lopes

O Público relembra, na sua edição desta terça-feira, que o ministro da Defesa não entregou ainda o dossiê em que, "de forma sistémica", será descrito o que aconteceu no roubo de armamento em Tancos.

David Martins/Correio da Manhã
Negócios 07 de Março de 2018 às 09:30
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José Azeredo Lopes ainda não entregou, no Parlamento, um dossiê de esclarecimento sobre o que aconteceu com o roubo de armamento dos paióis de Tancos. O compromisso que o próprio assumiu apontava para final de Fevereiro.

 

É o jornal Público que relembra que está por cumprir este compromisso assumido pelo ministro da Defesa no Parlamento. "O dossiê documental encontra-se em preparação", disse um assessor do governante à publicação.

 

No Parlamento, em Janeiro, Azeredo Lopes afirmou que iria entregar aos deputados, até ao final de Fevereiro, um conjunto de documentação para "esclarecer a opinião pública". O esclarecimento ainda não veio sobre um caso em que o ministro afirmou que "o Governo fez o que devia ter feito".

 

Em Junho do ano passado, foi roubado material militar (armas de guerra, granadas e explosivos) dos paióis de Tancos, que acabou por ser encontrado em Outubro, na Chamusca. Mas pouca informação sobre o que motivou o assalto e a recuperação do material foi divulgado. Aliás, o ministro chegou a dizer numa entrevista que podia nem ter havido um furto. 

 

De qualquer forma, o documento não vai trazer responsabilidades sobre o que ocorreu, na óptica do Governo. "Vou repetir pela centésima vez: a responsabilidade pelo furto de Tancos vai resultar da investigação que está a ser levada a cabo pelas autoridades competentes. O Ministério Público entendeu avocar o processo, que estava inicialmente apenas na Polícia Judiciária Militar, entendeu atribuir a investigação criminal a título dominante à polícia judiciária e ao SIAPE. Temos que aguardar tranquilamente", afirmou em entrevista à Renascença a 8 de Fevereiro.

 

Assim, da parte do Governo, afirmou, falta apenas um passo: "O que é que ainda falta quanto a este assunto? Falta aquilo a que me comprometi: um dossiê onde, de forma sistemática, se descreva o que já se sabe quanto ao que aconteceu. Repito, sem nunca interferir na investigação criminal quanto à autoria, cumplicidade e comparticipação, sabendo que esse elemento é absolutamente decisivo para conseguir compreender o que é que acontece". Este é o elemento que continua por entregar ao Parlamento, pese embora a primeira data assinalada fosse o final de Fevereiro.

 

Além do esclarecimento público, o próprio Presidente da República aguarda informação sobre o caso. A 1 de Março, em que não mencionou especificamente Tancos – falou antes em casos que são "bem" conhecidos –, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que os dados em cima da mesa não permitiram ainda "identificar cabalmente quem e como agiu, bem como eventual nexo de causalidade". Daí que tenha pedido uma investigação "mais longe e a fundo".

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