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CCP exigirá política económica diferente a qualquer Executivo

O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, prometeu hoje exigir uma "alteração da política económica" a qualquer Governo, no "actual quadro parlamentar" ou após "novas eleições".

09 de Julho de 2013 às 17:08
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“Consideramos que num quadro democrático ambas as soluções - manutenção do actual Governo e eleições antecipadas - são possíveis, pelo que optámos por não nos pronunciar  sobre elas no sentido político, mas sobre as condições económicas que este ou qualquer outro Governo deve assegurar”, afirmou Vieira Lopes à saída do encontro com o Presidente da República.

 

"Independentemente das soluções políticas encontradas, a nossa grande preocupação é a de que exista uma alteração da política económica. A manter-se uma contracção da economia como a que está a existir, não vemos como é possível actuar essencialmente na área dos cortes na despesa. É necessário encontrar um conjunto de soluções alternativas no quadro europeu", afirmou, após audiência com o presidente da República, no Palácio de Belém.

 

Vieira Lopes reforçou que a aposta na estimulação da economia "é o grande desafio para qualquer Governo e solução governativa que o Presidente resolva", recusando pronunciar-se sobre a manutenção ou dissolução da maioria parlamentar que sustenta o Governo PSD/CDS-PP.

 

"Soluções europeias que dêem alguma folga à economia para haver capacidade de investimento e criação de postos de trabalho, uma baixa da carga fiscal sobre famílias e empresas, que lhes permita subsistir, e uma atenção simultânea não só à exportação, que é importantíssima, mas também ao mercado interno porque grande parte das empresas não consegue subsistir sem mercado interno, mesmo as exportadoras", foi a receita apresentada pelo líder da CCP.

 

Paulo Portas apresentou a sua demissão no dia 2 de Julho, altura em que era o número dois do Governo, após a demissão de Vítor Gaspar, e o ministro dos Negócios Estrangeiros.

 

Passos Coelho recusou-se a aceitar o pedido de demissão e comprometeu-se a encetar negociações com o CDS com vista a conseguir chegar a um acordo que permitisse alcançar a estabilidade governativa.

 

No sábado, o primeiro-ministro revelou que PSD e CDS chegaram a esse acordo e adiantou que a proposta entregue a Cavaco Silva apontava Paulo Portas para vice-primeiro-ministro com a responsabilidade de coordenação económica, coordenação das negociações com a troika e da reforma do Estado. Uma proposta que terá de ter a aprovação de Cavaco Silva.

 

Desde segunda-feira, 8 de Julho, que o Presidente da República está a ouvir os partidos com assento parlamentar. O partido Os Verdes, o Bloco de Esquerda, o Partido Comunista Português e o Partido Socialista defenderam todos eleições antecipadas. O CDS, pela boca de Paulo Portas, assegurou ao Presidente da República que o acordo alcançado entre os dois partidos que compõem o Executivo garante “condições de estabilidade” por ter sido encontrada uma “solução governativa sólida e abrangente”. Já o PSD considera que estão reunidas todas as condições de estabilidade para permanecer no Executivo. A Cavaco Silva, o PSD reafirmou o “empenhamento no cumprimento do memorando” de entendimento com a troika.

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