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Catarina Martins: “Os três partidos vão-se comprometer”

A porta-voz do Bloco de Esquerda reiterou esta quarta-feira, em entrevista à SIC Notícias, que os três partidos da esquerda estão a concluir um acordo e garantiu que há um "compromisso" entre PS, BE e PCP.

Um Governo que 'não tenha Pedro Passos Coelho nem Paulo Portas, que vire a página da direita e que permita proteger emprego, salários e pensões', e cuja forma 'será conhecida logo que possível', em 'um dia ou dois'.
Miguel Baltazar/Negócios
04 de Novembro de 2015 às 22:31
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Catarina Martins afirmou esta quarta-feira, 4 de Novembro, que a esquerda terá "uma solução credível" e que os três partidos - PS, BE e PCP - se vão comprometer. Questionada sobre se tal afirmação era uma efectiva confiança política ou uma manifestação de fé, a dirigente do Bloco respondeu: "Sou pouco dada a questões de fé. Sou mais fã de garantias e compromisso político".

Assumindo as diferenças entre o Partido Socialista, o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista, a dirigente política sublinhou que concordam no essencial: "travar o ciclo de empobrecimento do país". Do pouco que falou sobre o acordo, Catarina Martins garantiu que é "estável" e que "pensa os compromissos".

"A credibilidade e estabilidade do próprio acordo que estamos a fazer ganha muito ao não fazermos convergências onde elas não existem", defendeu a deputada do Bloco de Esquerda, acrescentando que nenhum dos partidos está a fingir ser algo que não é, o que seria "brincar com a democracia".

A deputada justificou, na entrevista à SIC Notícias, que se trata de um compromisso para desenhar uma solução para o país, "não uma solução de meses", e é por isso um acordo "muito complexo". 

"Sobre as medidas que coloquei em cima da mesa desde logo na pré-campanha, tenho falado muito livremente. Sobre outras medidas que estão em negociação não devo pronunciar-me até estarem acabadas", sublinhou Catarina Martins, dizendo acreditar que os portugueses compreendem este "silêncio" enquanto não estiverem concluídas as negociações entre os três partidos de esquerda com assento parlamentar


A propósito da dificuldade em aprovar uma moção de rejeição comum aos três partidos (que deveria marcar o ponto de partida comum da união entre PS, BE e PCP), Catarina Martins garantiu que tal não é sinónimo de falta de convergência e de acordo entre as forças políticas. "Existe uma enorme convergência sobre ser necessário travar o empobrecimento do país, o que não é pouco, porque é uma reconfiguração. Há uma outra parte de convergência que tem a ver com rendimentos de trabalho", exemplificou.

Questionada sobre a direcção que o Bloco de Esquerda poderá tomar em relação ao Novo Banco caso se constitua como partido de suporte de um futuro Governo, Catarina Martins recusou-se a fazer comentários. A representante do terceiro partido mais votado nas eleições legislativas do dia 4 de Outubro criticou no entanto "o processo de resolução onde o Estado perdeu muito mais do que aquilo que precisava". Catarina Martins disse ainda que o papel do Estado "só deve garantir o direito dos clientes dos depósitos", mas "no caso do Novo Banco [caso BES] ficou com as dores de todos os credores".

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