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Catarina Martins: "Está na hora" de Governo cumprir "promessas básicas" com trabalhadores

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, defendeu hoje que "está na hora" de o Governo cumprir as suas "promessas básicas de defesa dos trabalhadores", compreendendo a necessidade de a CGTP-IN realizar uma manifestação.

12 de Outubro - Bloco de Esquerda e António Costa reúnem-se. O Bloco deverá apresentar ao PS várias propostas com o objectivo de as transformar em 'Iniciativas legislativas conjuntas', abertas também ao PCP.
Miguel Baltazar/Negócios
03 de Junho de 2017 às 17:10
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"Nós achamos que está na hora de o Governo cumprir aquilo que são as suas promessas básicas de defesa dos trabalhadores. Compreendemos bem que a CGTP sinta a necessidade de sinalizar este momento e, nós, pela nossa parte, fazemo-lo também no parlamento", defendeu Catarina Martins aos jornalistas, durante a manifestação convocada pela CGTP, em Lisboa.

 

A CGTP convocou para hoje duas manifestações, em Lisboa e no Porto, para exigir ao Governo que valorize o trabalho, desde logo com melhorias de salários e revogação da legislação laboral aprovada durante o resgate financeiro.

 

"No programa do Governo está a limitação dos contratos a prazo e está menos flexibilização horária, ou seja, o fim do banco de horas individual", afirmou a coordenadora bloquista, defendendo igualmente o reforço da contratação coletiva.

 

Catarina Martins sublinhou que o BE anunciou hoje no encerramento das suas jornadas parlamentares, no Algarve, que serão debatidos no dia 07 de junho na Assembleia da República dois projetos de lei para o Governo "cumprir os seus compromissos" em matéria de direitos laborais.

 

A coordenadora do BE sublinhou que "a contratação coletiva abrangia antes do início da crise mais de dois milhões de trabalhadores, agora são só 200 mil".

 

"Quando as pessoas percebem que o seu salário fica parado, que não é valorizada a sua profissão, a sua carreira, os anos de serviço que têm, é porque não há contratação coletiva. Portanto, não há evolução salarial, não há negociação das condições de trabalho em cada empresa, em cada setor, que é o que melhor serve a economia, a produtividade do país e as condições dos trabalhadores", declarou.

 

"O BE já o propôs, continuará a trabalhar sobre essa matéria", acrescentou.

 

Catarina Martins não quis comentar eventuais futuras formas de luta, como o recurso à greve geral, sublinhando que o "BE não deve ter participação sobre o que é o trabalho e a liberdade dos sindicatos.

"Não devem ser os partidos a pronunciar-se", disse, perante a insistência dos jornalistas.

 

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