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Cartazes do PS foram "aselhice" e “disparate”, admite António Costa
O líder do PS admitiu esta tarde, perante os jornalistas da SIC, que a iniciativa de colocar pessoas em cartazes a ilustrar casos que não eram os seus foi um "disparate" e uma "aselhice".
António Costa reconheceu esta tarde, numa entrevista colectiva feita pela redacção da SIC, que os quatro cartazes idealizados pelo partido para ilustrarem situações de desemprego e emigração foram um fracasso. "Houve aselhice na escolha dos rostos para contar histórias que são de milhares de portugueses anónimos", assumiu o líder do PS. Costa explicou que viu os cartazes antes de eles serem divulgados e assumiu que se tratava de histórias reais.
"Os cartazes foram um disparate, uma aselhice, o PS pediu desculpa", acrescentou António Costa, que acrescentou que "o que importa é o fundo da história. E o fundo da história são as 600 mil pessoas que estão efectivamente desempregadas" ou as "350 mil pessoas" que "foram obrigadas a emigrar nos últimos quatro anos".
Costa preferiu não se alongar no assunto dizendo que não queria limitar a campanha a "fait-divers". Não disse de quem foi a autoria dos cartazes.
Os cartazes ficaram envolvidos em polémica porque algumas das pessoas que apareceram em imagens que retratavam histórias de desemprego ou emigração não estavam nessas situações, e trabalhavam na junta de freguesia de Arroios, em Lisboa, liderada pela socialista Margarida Martins. O PS pediu desculpa pelo uso das fotografias sem autorização e em consequência, o director de campanha de Costa, Ascenso Simões, demitiu-se
. Mas comentou as sondagens, afirmando que "o que conta não são as sondagens, é o dia das eleições". Ainda assim, "as sondagens indicam uma taxa de rejeição enorme do actual Governo, uma preferência muito clara por uma mudança de políticas".
Até porque essa mudança de políticas é "a melhor forma de ter estabilidade". E para que "haja mudança de políticas é necessário quem ganhe tenha possibilidade de fazer a mudança de políticas". É por isso que o "pior que podia acontecer era o PS ganhar e ficar dependente do PSD e CDS para mudar de política".
Por isso, será essencial uma vitória com maioria absoluta, que Costa prevê que se comece a definir nas últimas semanas que antecedem as eleições, marcadas para 4 de Outubro.
Notícia actualizada com mais informação às 17:17