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Carlos César diz que Marcelo actuou com "solidariedade institucional" e "não escolheria Centeno para orador"

O líder parlamentar do PS, Carlos César, afirmou hoje que interpretou o comunicado do Presidente da República sobre o ministro das Finanças como de "solidariedade institucional" em relação ao Governo e à "qualidade política" de Mário Centeno.

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15 de Fevereiro de 2017 às 14:06
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Questionado, no final da conferência de líderes parlamentares, se considera que o Governo e o ministro das Finanças geriram mal o processo que envolveu Centeno e o anterior presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), António Domingues, Carlos César respondeu: "Sabe, eu não escolheria o doutor Mário Centeno para orador de um comício, mas ele foi muito bem escolhido para ministro das Finanças".

 

Sobre o comunicado de Marcelo Rebelo de Sousa, divulgado na segunda-feira, horas depois das explicações de Mário Centeno sobre a sua troca de comunicações com António Domingues, Carlos César disse tê-lo recebido "com grande satisfação".

 

"A intervenção do senhor Presidente da República foi coordenada com o senhor primeiro-ministro e a mensagem que dirigiu é uma mensagem que interpreto como de solidariedade institucional para com o Governo e, em especial, com a qualidade política e a acção do ministro das Finanças", disse.

 

"Tinha a certeza que o Presidente da República pensaria aquilo que os portugueses pensam, que este ministro das Finanças é um ministro com grandes sucessos, felizmente para todos os portugueses", acrescentou.

 

Na nota divulgada na segunda-feira à noite no 'site' da Presidência da República, o chefe de Estado confirmou que tinha recebido, a pedido do primeiro-ministro, o ministro das Finanças, antes da conferência de imprensa que Mário Centeno deu ao final da tarde a propósito da polémica à volta da Caixa Geral de Depósitos.

 

No último ponto da nota, em que são relatados alguns factos desse encontro, lê-se que, "ouvido o senhor primeiro-ministro, que lhe comunicou manter a sua confiança no senhor professor Doutor Mário Centeno", o Presidente da República "aceitou tal posição, atendendo ao estrito interesse nacional, em termos de estabilidade financeira".

 

Também na segunda-feira, o primeiro-ministro confirmou a confiança em Mário Centeno no exercício das suas funções governativas, após um contacto com o Presidente da República.

 

"Tendo lido a comunicação do senhor ministro das Finanças e após contacto com Sua Excelência, o Presidente da República, entendo confirmar a minha confiança no professor Mário Centeno no exercício das suas funções governativas", referiu o primeiro-ministro, num comunicado enviado à comunicação social, pouco depois de terminar a conferência de imprensa do ministro das Finanças.

 

No comunicado, António Costa sublinhava que, "esclarecida a lisura da atuação do Governo, nada justifica pôr em causa a estabilidade governativa e a continuidade da sua política, para o que o contributo do professor Mário Centeno continua a ser de grande valia".

 

Na conferência de imprensa, o ministro das Finanças tinha afirmado que o seu lugar "está à disposição" desde que assumiu funções e reiterou que o acordo com António Domingues para a liderança da CGD não envolvia a eliminação da entrega das declarações de rendimentos.

"Exercício de governação não é um comício"

 

O ministro das Finanças afirmou hoje no parlamento que "o exercício de governação não é um comício", respondendo ao CDS que citou o líder parlamentar socialista, que disse que não escolheria Mário Centeno para orador num comício.

 

Na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, onde o ministro das Finanças esteve hoje a ser ouvido durante cerca de quatro horas, a deputada do CDS Cecília Meireles confrontou o governante com estas declarações do líder da bancada socialista.

 

Na resposta, Mário Centeno afirmou que "o exercício de governação não é um comício" e que "não é nos comícios que se decidem os melhores ministros das Finanças nem a ação governativa".

 

 

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