Notícia
Câmara de Caminha apagou informações do site para encobrir Miguel Alves
Em causa estão informações falsas do currículo do empresário Ricardo Coutinho, da Green Endogenous, que tiveram origem num comunicado municipal, entretanto apagado do site oficial.
15 de Novembro de 2022 às 09:59
O site da Câmara Municipal de Caminha foi alvo de manipulação com o objetivo de fazer desaparecer da página de internet institucional do município parte de um documento que prova ter sido o gabinete do ex-autarca Miguel Alves a difundir um currículo falso de Ricardo Moutinho, o empresário com o qual o agora ex-secretário de Estado havia negociado o projeto do Centro de Exposições Transfronteiriço (CET), avançou esta terça-feira o Público.
Rui Lages, o sucessor de Miguel Alves à frente da Câmara de Caminha desde setembro, começou por negar qualquer manipulação online, garantindo que "não foi feita qualquer alteração no texto em causa" e pedindo mesmo uma "auditoria ao site do município".
No entanto, o autarca viria depois a reconhecer que o site tinha sido mexido - para retirar o documento que lá se encontrava desde 2020 - mas remeteu para Miguel Alves toda a responsabilidade.
O caso remonta a setembro de 2020, quando a Assembleia Municipal de Caminha aprovou o contrato promessa de arrendamento que previa o pagamento pelo município em março de 2021 de 369 mil euros (300 mil mais IVA) à empresa Green Endogenous, pelos 12 meses de rendas do centro de exposição que seria construído.
Nessa aprovação, a Assembleia Municipal dizia que "o investimento foi ponderado e negociado demoradamente e todas as entidades e pessoas que trabalharam neste dossier têm um curriculum reconhecido e público".
O problema reside nas informações que constavam no currículo do empresários Ricardo Moutinho, então com 35 anos. O Público verificou várias delas, que provaram ser completamente falsas, como por exemplo ser doutorado, ter sido assessor do Ministro das Finanças, Mário Centeno, e consultor da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.
Esta informação teve origem num comunicado da Câmara de Caminha, publicado no seu site em setembro de 2020. E que agora se veio a provar que foi "parcialmente apagado" a 10 de outubro.
Rui Lages, o sucessor de Miguel Alves à frente da Câmara de Caminha desde setembro, começou por negar qualquer manipulação online, garantindo que "não foi feita qualquer alteração no texto em causa" e pedindo mesmo uma "auditoria ao site do município".
O caso remonta a setembro de 2020, quando a Assembleia Municipal de Caminha aprovou o contrato promessa de arrendamento que previa o pagamento pelo município em março de 2021 de 369 mil euros (300 mil mais IVA) à empresa Green Endogenous, pelos 12 meses de rendas do centro de exposição que seria construído.
Nessa aprovação, a Assembleia Municipal dizia que "o investimento foi ponderado e negociado demoradamente e todas as entidades e pessoas que trabalharam neste dossier têm um curriculum reconhecido e público".
O problema reside nas informações que constavam no currículo do empresários Ricardo Moutinho, então com 35 anos. O Público verificou várias delas, que provaram ser completamente falsas, como por exemplo ser doutorado, ter sido assessor do Ministro das Finanças, Mário Centeno, e consultor da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.
Esta informação teve origem num comunicado da Câmara de Caminha, publicado no seu site em setembro de 2020. E que agora se veio a provar que foi "parcialmente apagado" a 10 de outubro.