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Bloco defende alteração do código de conduta de ex-comissários europeus

A eurodeputada do Bloco de Esquerda, Marisa Matias, apelou à alteração do código de conduta dos antigos comissários europeus, considerando que uma situação como a contratação de Durão Barroso pela Goldman Sachs Internacional (GSI) devia ser proibida.

Miguel Baltazar/Negócios
13 de Setembro de 2016 às 15:54
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Para Marisa Matias, a contratação de José Manuel Barroso como administrador não executivo da GSI "configura uma total incompatibilidade e que nem deveria sequer ser permitida no código de conduta".

"O que é fundamental é mudar o código de conduta e impedir que estas situações voltem a acontecer", salientou.

"Sei que é legal, mas nem tudo o que é legal é moral ou é ético - e neste caso é profundamente imoral - temos que acabar com as 'portas giratórias' de uma vez por todas", referiu a eurodeputada.

Marisa Matias acrescentou ainda que o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, se limitou a confirmar "uma verdade que todos sabíamos: que Durão Barroso é lobista".

A deputada europeia bloquista lembrou ainda que Juncker reagiu tardiamente e apenas sob pressão.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, anunciou que vai examinar o contrato do seu antecessor com o GSI e deu já instruções ao seu gabinete para tratar Durão Barroso como qualquer outro lobista com ligações a Bruxelas.

Qualquer comissário europeu ou funcionário da UE que mantiver contactos com Durão Barroso será obrigado a registar esses contactos e a manter notas sobre os mesmos.

Esta decisão de Juncker responde à provedora de justiça europeia, Emily O'Reilly, que na semana passada pediu esclarecimentos sobre a posição da Comissão Europeia face à nomeação de Durão Barroso para administrador não-executivo na GSI, sendo ainda consultor da empresa para o Brexit.
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