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Bloco e PCP atacam Governo por inércia na frente laboral

"Incapaz" de ser um partido de esquerda e com "falta de coragem". PCP e Bloco de Esquerda mostraram-se este domingo muito críticos perante o que consideram ser a inércia do Governo na legislação laboral.

Miguel Baltazar/Negócios
04 de Março de 2018 às 20:22
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O Bloco de Esquerda e o PCP aproveitaram o domingo de ontem para fazer duras críticas à forma como o governo tem actuado na área laboral. O secretário-geral do PCP acusou o PS de ser "incapaz de se afirmar claramente de esquerda", enquanto o líder parlamentar do Bloco lamentou as "claras limitações" do Governo nas matérias laborais.
 

Intervindo num almoço-comício na Aldeia de Paio Pires, Seixal, para assinalar os 97 anos do PCP, Jerónimo de Sousa reforçou críticas que tinha deixado ao PS numa iniciativa no sábado em Lisboa, sobre o posicionamento de classe" dos socialistas.

 

Jerónimo de Sousa assinalou que o PSD e o CDS-PP criticam o "governo das esquerdas" – aludindo ao acordo entre o PCP, BE e o PS para a viabilização do governo minoritário socialista – mas, no parlamento, "alinham com o PS" quando se trata dos direitos dos trabalhadores. "Porque eles sabem que o PS é incapaz de se afirmar claramente como um partido de esquerda, como uma força de esquerda", sustentou, citado pela Lusa. 

 

"Estamos a falar de salários, de direitos, da reposição de horários de trabalho, da contratação colectiva (...) o PS não está nessa, está do lado do capital, está do lado dos interesses de classe", acrescentou.

 

A partir do Funchal, o Bloco de Esquerda afinou pelo mesmo diapasão, com o líder parlamentar a apontar o dedo às "claras limitações" do Governo nas matérias laborais. "Vemos que há propostas de combate à precariedade e o PS comprometeu-se com limitar o acesso das empresas aos contratos temporários mas não teve coragem de o fazer", afirmou Pedro Filipe Soares, no encerramento da VII convenção regional do Bloco de Esquerda, que elegeu Paulino Ascensão como novo coordenador.

 

"A situação actual no país é muito mais positiva, mas muito mais positiva do que aquela que tínhamos no passado, quer com a direita, quer com o PS sozinho a governar, mas está longe de ser uma situação sem limitações na vida das pessoas", disse o líder parlamentar do BE, segundo a agência Lusa. 

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