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BE critica “omissões graves” de Costa, apostado em ter poder
A deputada e membro da Mesa Nacional do BE Helena Pinto apontou este domingo "omissões graves" no discurso de encerramento do XX Congresso socialista por parte do líder, António Costa, acusando o PS de estar "apostado em ter o poder".
"Peca por omissões graves em termos de soluções políticas para o país. Não ouvimos António Costa falar sobre a dívida e a reestruturação, sobre a reposição dos salários aos portugueses e portuguesas, assim como não ouvimos também uma posição clara sobre a sobretaxa do IRS", enumerou Helena Pinto, à saída da Feira Internacional de Lisboa.
A também deputada bloquista afirmou que o PS "quer o poder, está apostado em ter o poder por via da alternância, mas não é uma alternativa para os problemas que os portugueses e as portuguesas sentem".
"O povo português vai ouvir as opiniões dos diversos partidos e vai perceber aquilo que será necessário fazer para terminar com este ciclo da austeridade que tem feito tanto sofrimento. António Costa pede a maioria absoluta, agora, como é lógico, mas isso ainda é um caminho que está por fazer", concluiu, instada a comentar o pedido ao eleitorado, nas próximas legislativas, por parte do ainda presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
No seu discurso de encerramento do Congresso, o secretário-geral do PS, António Costa, afirmou que os socialistas não vão "ajudar" os partidos à sua esquerda a manterem-se no "protesto", mas chamá-los para "a solução", recusando totalmente um entendimento à direita, quaisquer que sejam os protagonistas.
"Não contarão com o PS para vos ajudar a manterem-se na posição cómoda de ficarem só pelo protesto e não virem também trabalhar para a solução", afirmou, referindo-se a PCP e BE, tendo também recusado que o "arco da governabilidade" se cinja aos partidos que já têm representação parlamentar, nomeando o LIVRE, enquanto agente que quer romper o "mito da incomunicabilidade da esquerda".