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BE diz-se disponível para o diálogo, mas acusa Costa de "ambição pela maioria absoluta"

Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, diz que está disponível para dialogar com o PS "sob qualquer chapéu" ou "nome de batismo". Mas não hesita em acusar Costa de só ter "ambições políticas" e procurar a maioria absoluta.

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09 de Novembro de 2021 às 11:44
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O líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, voltou a afirmar a disponibilidade do partido para dialogar com o PS, mas fez questão de acusar o primeiro-ministro de estar apenas preocupado com "ambições políticas" e em obter uma "maioria absoluta", frisando os motivos de desentendimento com os socialistas.

"Repito a disponibilidade de diálogo sobre qualquer chapéu que lhe queiramos dar, sobre qualquer nome de batismo", disse Pedro Filipe Soares aos jornalistas, esta terça-feira, nos Passos Perdidos da Assembleia da República, em reação à entrevista que o primeiro-ministro deu ontem à RTP. Mas depois acrescentou: "Mais do que discutirmos forma, é importante discutirmos o conteúdo, que o Governo não responde com a seriedade da sua análise."

Para Pedro Filipe Soares, o Executivo socialista tem procurado o "confronto político com os partidos a esquerda" e tem estado "mais preocupado em ambições políticas, em maiorias absolutas, do que em resolver os problemas do país."

O bloquista disse não temer um castigo dos eleitores nas urnas – "nenhum democrata pode temer o resultado das eleições" – e voltou a defender a eliminação do fator de sustentabilidade nas pensões antecipadas.

"O primeiro-ministro disse que essa medida era insustentável sem novamente apresentar qualquer número, qualquer estudo que o demonstre", frisou, referindo-se às declarações de António Costa, em entrevista à RTP. "O que nos coloca exatamente na mesma posição onde estamos: essa medida não só é sustentável, como é necessária para responder às pessoas", continou.

Pedro Filipe Soares disse que o impacto orçamental desta medida em 2022 seria "em linha com o que o governo aceitou que a EDP não pagasse de imposto com a venda das barragens" e acusou o Executivo de dar "borlas fiscais". 


"Existe nesta matéria uma tentativa de fazer acusações aos partidos à esquerda que não serve para resolver nenhum dos problemas em cima da mesa, antes para perpetuar o que já foi iniciado no debate orçamental e que ontem foi feito de forma clara: a ambição de maioria absoluta do PS", acusou ainda.

Pedro Filipe Soares disse também que com a dissolução do Parlamento e as eleições antecipadas "não está em causa" a execução do Programa de Recuperação e Resiliência, "demontando algumas acusações em cima da mesa", argumentou.

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