Notícia
Augusto Santos Silva: Imagem de Portugal prejudicada por um "empolamento de dois lapsos"
Augusto Santos Silva diz que "o que prejudica a imagem de Portugal é o empolamento de dois lapsos, que qualquer pessoa compreende que são lapsos".
07 de Janeiro de 2021 às 21:49
O ministro dos Negócios Estrangeiros considerou hoje que "o que prejudica a imagem de Portugal é o empolamento de dois lapsos", referindo-se à polémica em torno da escolha do procurador europeu José Guerra.
Augusto Santos Silva falava numa audição na Comissão Parlamentar de Assuntos Europeus, durante a qual o deputado do PSD Duarte Marques criticou as afirmações do primeiro-ministro, António Costa, que hoje responsabilizou três dirigentes sociais-democratas por uma campanha para denegrir a imagem externa do país.
"As declarações do primeiro-ministro hoje sobre três dirigentes do PSD, a quem acusou de traição, são uma vergonha e aprofundam o embaraço português com este caso do procurador, cuja responsabilidade é única e exclusivamente do Governo português", começou por dizer o deputado Duarte Marques.
"Achar que um caso destes não tem relevância é que é, na sua essência, uma traição ao Estado de direito e, neste caso, o inimigo de Portugal é o próprio primeiro-ministro, cuja atuação face a este caso põe Portugal mal visto lá fora", apontou.
Para o deputado social-democrata, "o que aconteceu hoje em Portugal também é um atentado à democracia", equiparando as declarações do primeiro-ministro com a invasão desta quarta-feira ao Capitólio norte-americano.
Neste sentido, Duarte Marques criticou a falta de atuação do ministro dos Negócios Estrangeiros que, "como responsável pela imagem do Governo português e de Portugal [...] tem de defender o papel da presidência portuguesa, que neste momento acaba por ficar prejudicada".
Augusto Santos Silva, por seu lado, argumentou que "o que prejudica a imagem de Portugal é o empolamento de dois lapsos, que qualquer pessoa compreende que são lapsos".
O primeiro-ministro acusou hoje os sociais-democratas Paulo Rangel, Miguel Poiares Maduro e Ricardo Batista Leite de estarem envolvidos numa campanha para denegrir a imagem externa do país durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.
António Costa fez esta acusação em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, depois de questionado sobre a polémica em torno da escolha do procurador europeu José Guerra e sobre a situação da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, neste processo.
De acordo com o primeiro-ministro, o eurodeputado do PSD Paulo Rangel, o antigo ministro Miguel Poiares Maduro e, "numa outra frente, essa sanitária", o deputado social-democrata Ricardo Batista Leite "lideram uma campanha internacional contra Portugal".
António Costa voltou a defender que este tema da nomeação do procurador europeu "não tem a menor relevância" política, invocando a este propósito a posição manifestada sobre o assunto pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
"As tentativas de alguns de pretenderem transformar a presidência portuguesa num palco de oposição ao Governo português é um precedente gravíssimo, o qual nós não toleraremos minimamente. Estamos totalmente de consciência tranquila", reagiu o líder do executivo.
Ouvida esta tarde no parlamento, a ministra da Justiça considerou que tem condições para continuar no cargo, apesar dos erros contidos numa nota do Governo, que fundamenta a escolha de José Guerra para procurador europeu, e que tiveram repercussões internacionais.
Augusto Santos Silva falava numa audição na Comissão Parlamentar de Assuntos Europeus, durante a qual o deputado do PSD Duarte Marques criticou as afirmações do primeiro-ministro, António Costa, que hoje responsabilizou três dirigentes sociais-democratas por uma campanha para denegrir a imagem externa do país.
"Achar que um caso destes não tem relevância é que é, na sua essência, uma traição ao Estado de direito e, neste caso, o inimigo de Portugal é o próprio primeiro-ministro, cuja atuação face a este caso põe Portugal mal visto lá fora", apontou.
Para o deputado social-democrata, "o que aconteceu hoje em Portugal também é um atentado à democracia", equiparando as declarações do primeiro-ministro com a invasão desta quarta-feira ao Capitólio norte-americano.
Neste sentido, Duarte Marques criticou a falta de atuação do ministro dos Negócios Estrangeiros que, "como responsável pela imagem do Governo português e de Portugal [...] tem de defender o papel da presidência portuguesa, que neste momento acaba por ficar prejudicada".
Augusto Santos Silva, por seu lado, argumentou que "o que prejudica a imagem de Portugal é o empolamento de dois lapsos, que qualquer pessoa compreende que são lapsos".
O primeiro-ministro acusou hoje os sociais-democratas Paulo Rangel, Miguel Poiares Maduro e Ricardo Batista Leite de estarem envolvidos numa campanha para denegrir a imagem externa do país durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.
António Costa fez esta acusação em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, depois de questionado sobre a polémica em torno da escolha do procurador europeu José Guerra e sobre a situação da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, neste processo.
De acordo com o primeiro-ministro, o eurodeputado do PSD Paulo Rangel, o antigo ministro Miguel Poiares Maduro e, "numa outra frente, essa sanitária", o deputado social-democrata Ricardo Batista Leite "lideram uma campanha internacional contra Portugal".
António Costa voltou a defender que este tema da nomeação do procurador europeu "não tem a menor relevância" política, invocando a este propósito a posição manifestada sobre o assunto pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
"As tentativas de alguns de pretenderem transformar a presidência portuguesa num palco de oposição ao Governo português é um precedente gravíssimo, o qual nós não toleraremos minimamente. Estamos totalmente de consciência tranquila", reagiu o líder do executivo.
Ouvida esta tarde no parlamento, a ministra da Justiça considerou que tem condições para continuar no cargo, apesar dos erros contidos numa nota do Governo, que fundamenta a escolha de José Guerra para procurador europeu, e que tiveram repercussões internacionais.