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Assunção Cristas pede demissão de ministro da Defesa

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, pediu hoje a demissão do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, por considerar que a sua postura em relação ao caso de Tancos "não é admissível".

Há vida para além de Portas: A saída de Paulo Portas abriu uma frente de batalha no CDS. Mas as trincheiras ficaram, desde cedo, definidas: de um lado posicionou-se o eurodeputado Nuno Melo, muito popular entre as bases; do outro, Assunção Cristas, que era a preferida fora do partido. Nuno Melo acabaria por recuar e Assunção Cristas teve caminho aberto para se tornar a primeira mulher líder do CDS. É candidata à Câmara de Lisboa.
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10 de Setembro de 2017 às 20:42
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"O senhor ministro da Defesa Nacional mais uma vez veio mostrar que não tem a mínima noção do que é exercer o cargo que ocupa, que não tem estatura para o exercer, vem fazer perguntas, levantar dúvidas, quando aliás coloca a questão de que se calhar nem sequer há um furto. Dúvidas que só depreciam a instituição militar e que o colocam quase como um comum cidadão, como se nada soubesse e nada devesse saber", disse Assunção Cristas.

A líder nacional do CDS-PP falava aos jornalistas na Mêda, no distrito da Guarda, antes de participar na sessão de apresentação dos candidatos democratas-cristãos às eleições autárquicas de dia 1 de Outubro, sobre as declarações do ministro da Defesa divulgadas este domingo, 10 de Setembro, numa entrevista conjunta ao jornal Diário de Notícias e à rádio TSF.

Na entrevista, referindo-se à falta de provas visuais, testemunhais ou confissão, Azeredo Lopes admite que "no limite, pode não ter havido furto nenhum", frisando que o inquérito em curso ainda não tem conclusões definitivas.

Para Cristas, "não é admissível" a postura do ministro da Defesa em relação ao caso de Tancos.

"E, portanto, se o ministro da Defesa não sabe, acha que não tem de saber, não quer saber, então, pois que saia do seu cargo. Se o senhor ministro da Defesa acha que pode ser um qualquer um cidadão que faz perguntas, mas que não tem nenhuma responsabilidade nas respostas, então deve sair do Governo e tornar-se um comum cidadão, porque não compreendeu ainda a natureza do seu cargo", acrescentou a presidente do CDS-PP.

Assunção Cristas disse ainda que o titular da pasta da Defesa "não compreendeu que a um ministro pedem-se respostas, que é a ele que o povo tem de fazer perguntas e dele obter respostas e se não se sente bem nessas funções, se não as compreende sequer, então não está lá a fazer nada".

"As declarações do senhor ministro são inaceitáveis, são inadmissíveis, deixam-nos a todos absolutamente perplexos", rematou.

O CDS-PP já tinha anunciado que, na reunião da comissão parlamentar de Defesa agendada para terça-feira, irá propor que Azeredo Lopes também fale sobre Tancos quando se deslocar à Assembleia da República, provavelmente dia 20 de Setembro.
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