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António Costa: Redução da emigração é "sinal de confiança" em Portugal

O primeiro-ministro disse hoje, em Alcanena, que a notícia de que o saldo migratório foi positivo pela primeira vez desde o início da crise "é talvez o melhor sinal de confiança" para a economia e o futuro do país.

16 de Novembro de 2018 às 14:37
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António Costa, que dedica o dia de hoje a visitar empresas que têm contribuído para o crescimento económico do país, falava num pavilhão que a Couro Azul, indústria de curtumes de Alcanena (distrito de Santarém), está a construir para ampliar a produção, 87% da qual se destina a exportação.

 

Referindo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, que indicam que em 2017 saíram menos 20.000 pessoas do país comparativamente às que tinham emigrado em 2015 e que entraram mais 17.000 do que as que tinham imigrado nesse ano, o chefe do Governo socialista afirmou que "esta inversão do saldo migratório é o melhor sinal" para a confiança na economia e no futuro do país.

 

"Ninguém vem trabalhar para um país em que não tenha expectativa de poder encontrar emprego e poder desenvolver a sua carreira", disse, frisando que "quando as pessoas deixam de sair é porque acreditam" que vão poder encontrar emprego e que se podem desenvolver no país.

 

Costa referiu que as empresas dos diversos sectores e nas mais diferentes regiões do país apontam como "um ponto crítico" para continuar a crescer o aumento e a qualificação dos recursos humanos.

 

"E é por isso que temos que ser um país aberto a quem aqui vem procurar emprego, temos que ser um país que se empenha em fixar aqueles que cá vivem e um país que não pode desistir de ajudar a regressar aqueles que nos anos mais duros da crise foram obrigados a sair do país e que agora devem ter a oportunidade de regressar", declarou, relembrando a proposta de que orçamento do Estado para o próximo ano permita aos que regressem em 2019 e 2020 uma isenção de 50% do IRS sobre o seu vencimento durante cinco anos.

 

O primeiro-ministro disse acreditar que essa medida "ajudará a motivar muitos" e "ajudará as empresas a fazer a trajectória para serem mais competitivas também na atracção de pessoal", permitindo a continuação do crescimento.

 

Costa deixou uma "palavra de confiança" perante os "bons resultados" de uma economia que "vive um bom momento", destacando os 341 mil novos empregos criados nos últimos três anos e o facto de 89% desses postos de trabalho serem contratos sem termo, a que acrescentou a subida dos vencimentos em 3,4% no último ano, "claramente acima da inflação".

 

Sobre a Couro Azul, empresa do Grupo Carvalhos, fundado em 1939 e que se mantém na família, o Primeiro-Ministro afirmou que o seu sucesso se deve ao facto de ter sempre apostado na inovação.

 

Em particular, referiu a conquista, em 1996, do primeiro concurso para fornecer os volantes da Volkswagen e, depois, os concursos da Volvo, tendo chegado igualmente à indústria aeronáutica e à ferrovia, tendo não só sobrevivido à crise do calçado que afetou o setor na década de 1980, mas conseguido crescer.

 

Durante a tarde, António Costa, que se faz acompanhar nesta deslocação pelo ministro adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, e pelos secretários de Estado da Internacionalização, Eurico Brillhante Dias, e adjunta do Primeiro-Ministro, Mariana Vieira da Silva, vai visitar três empresas em Mangualde, a Maviva, a Lear e a Sonae Arauco.

 

 

 

 

PS baixa para 6% IVA de publicações de jornais e revistas em suporte digital

 

O PS apresenta hoje uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2019 no sentido de reduzir de 23 para 6% o IVA aplicado às publicações de jornais e revistas em suporte digital.

 

Se esta proposta for aprovada em sede de debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2019, as publicações em suporte digital passarão a ter a mesma taxa de IVA, a mínima de 6%, já aplicada às publicações de jornais e revistas em suporte de papel.

 

Fonte da bancada socialista disse à agência Lusa que, com esta medida, o PS pretende "contribuir para a sustentabilidade económica dos órgãos de comunicação social que fizeram investimentos nos suportes digitais das suas publicações".

 

Ainda de acordo com a mesma fonte, o PS quer ainda "contribuir para a migração" da informação em suporte de papel para o digital.

 

Um membro da bancada socialista referiu também à agência Lusa que a oportunidade da medida do PS se relaciona directamente com o facto de, em 2 de Outubro passado, ter sido aprovada uma directiva europeia sobre esta matéria.

 

"Só após a concretização deste passo no Conselho e no Parlamento Europeu foi possível apresentar esta proposta" em sede de Orçamento do Estado para 2019, justificou o mesmo deputado do PS.

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