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António Costa promete "dobrar a inflação" e defender futuro da Segurança Social "por muita pancada que leve"
O primeiro-ministro sublinha que o pacote de combate à inflação vai permitir mitigar os efeitos do aumento dos preços, mantendo as metas do défice e da dívida pública. E a sustentabilidade da Segurança Social é para manter "por muita pancada que leve".
Lamentando que "não existe uma vacina" para a inflação, mas pequenas "doses para atenuar a dor", António Costa apontou a "responsabilidade" nas propostas para "proteger" as famílias, lembrando que as medidas começaram a ser tomadas ainda em novembro do ano passado quando foram "mobilizadas verbas" do Fundo Ambiental para impedir o aumento dos preços da eletricidade.
E prometeu que não haverá cortes de qualquer ordem. "Nós não vamos ter de congelar salários, nós não vamos ter de cortar no orçamento da educação. Nós não vamos ter de cortar em outras prestações sociais. Nós não vamos ter de parar o reforço do Serviço Nacional de Saúde", garantiu.
Sem pôr em causa futuro da Segurança Social
O primeiro-ministro garantiu ainda que nunca aceitará colocar em causa a sustentabilidade da Segurança Social, defendendo que era impossível suportar maiores aumentos das pensões.
"Nunca, em circunstância alguma, por muita pancada que a oposição me dê, eu tomarei qualquer medida que ponha em causa a sustentabilidade futura da Segurança Social", declarou, numa das respostas que deu por o seu Governo ter agora suspendido a aplicação da fórmula legal de atualização das pensões.
O primeiro-ministro admitiu que seria fácil conceder em 2023 um aumento maior das pensões, mas advertiu logo a seguir para as consequências desse caminho.
No discurso no comício de rentrée do PS, no mercado de Santana, em Leiria, reiterou a promessa de que entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024 haverá um novo aumento das pensões e sem cortes.
(Notícia atualizada às 19:50)