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António Costa: "Administração da TAP está em funções e assim se mantém". Medina fica
O primeiro-ministro acredita que a transportadora aérea ainda poderá devolver a injeção de capital feita pelo Estado e antecipa "boas notícias" nos resultados financeiros que serão conhecidos em breve. Ministro das Finanças "não está em causa de modo nenhum".
"A TAP aí está a voar e brevemente a apresentar os resultados de 2022", começou por referir António Costa, na conferência de imprensa sobre a escolha dos novos ministros anunciada esta segunda-feira. "A administração está em funções e assim se mantém", frisou o chefe do Governo quando questionado sobre a possibilidade de a administração executiva da transportadora liderada por Christine Ourmières-Widener apresentar a demissão. Costa antevê "bons resultados da companhia" para 2022.
O primeiro-ministro lembrou que "o Governo determinou à Inspeção-Geral das Finanças (IGF) que proceda a investigações" e está à espera dos resultados.
Questionado sobre a devolução da injeção feita pelo Estado de 3,2 mil milhões de euros, Costa respondeu "vamos ver", afirmando que "são conhecidas as circunstâncias em que o Estado português teve de intervir", reafirmando que "está em curso uma consulta ao mercado para o Estado alienar a participação social na empresa".
Medina está para ficar
Esta foi a primeira vez que António Costa falou sobre a polémica indemnização de 500 mil euros à ex-secretária de Estado do Tesouro quando esta saiu da TAP no início deste ano, mas garantiu que o ministro das Finanças, Fernando Medina, que a escolheu para o gabinete, tem a continuidade assegurada.
O primeiro-ministro garantiu que "não está, de modo algum, em causa o ministro das Finanças" e que Medina "fez aquilo que devia fazer, que foi convidar a secretária de Estado a demitir-se".