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Trump: Dólar está demasiado alto e a culpa é da Fed
A Fed já prometeu ser paciente com as taxas de juro, mas o presidente dos Estados Unidos continua a criticar o banco central.
O presidente dos Estados Unidos disse este sábado que é favorável a um dólar forte, mas que a cotação da moeda norte-americana está demasiado alta, o que penaliza a economia.
Para Donald Trump, a culpa é da Reserva Federal, pois no banco central há um "cavalheiro que "gosta de subir as taxas de juro".
Sem nunca mencionar o nome de Jerome Powell, o presidente dos Estados Unidos afirmou este sábado numa conferência em Maryland que há "um cavalheiro que gosta de subir os juros na Fed, temos um cavalheiro que adora reduzir o balanço da Fed, temos um cavalheiro que gosta de um dólar muito forte".
Trump volta assim a apontar baterias ao presidente da Fed, apesar do banco central estar este ano a adotar uma política monetária menos agressiva, tendo já admitido que pode manter as taxas de juro no atual nível se a economia norte-americana der sinais de debilidade.
Trump criticou as subidas de juros no ano passado, pois "não há inflação", e congratulou-se com a evolução positiva da economia norte-americana, apesar da cotação elevada do dólar e da subida das taxas de juro.
"Conseguem imaginar se tivéssemos deixado as taxas de juro no nível em que estavam, se não reduzissemos o balanço da Fed", questionou o presidente dos Estados Unidos, referindo a economia está a "evoluir como nunca", enquanto "outros países estão com uma evolução muito pobre e fazem mais do que nós para ter sucesso".
Trump, que no final do ano passado chegou a equacionar demitir Powell, salientou que "quero um dólar forte, mas também quero um dólar que seja bom para o nosso país, não um dólar que torne proibitivo fazermos negócios com outros países".
A economia norte-americana cresceu 2,9% em 2018, apenas uma décima abaixo da meta definida por Donald Trump quando implementou um agressivo corte de impostos no início do ano passado.
A Fed elevou as taxas de juro por diversas vezes em 2018, até aos atuais 2,25% a 2,5%, sendo que se espera que deixe o preço do dinheiro inalterado na reunião de março.