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Fed será "paciente" na subida dos juros pelo menos até Abril

A subida das taxas de juro pelo banco central norte-americano só deverá acontecer a partir de Abril. As perspectivas para a inflação continuam a decepcionar os responsáveis da Fed, que chegaram mesmo a rever em baixa as projecções na última reunião.

Bloomberg
07 de Janeiro de 2015 às 19:18
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A Reserva Federal dos EUA (Fed) não deverá subir as taxas de juro de referência, pelo menos até à sua reunião em Abril. Esta é a indicação deixada nas minutas da reunião do Comité de Operações de Mercado Aberto (FOMC, na sigla anglo-saxónica) do banco central. A perspectiva é que a instituição liderada por Janet Yellen (na foto) será "paciente", já que a inflação continua abaixo do objectivo de longo prazo de 2%.

 

"A maioria dos participantes defendeu que a referência à paciência indicava que o comité não deverá começar o processo de normalização durante, pelo menos, as próximas duas reuniões", revelam as minutas da reunião de política monetária da Fed, realizada entre 16 e 17 de Dezembro. Actualmente entre 0% e 0,25%, o banco central norte-americano tem vindo a adiar aquela que será a primeira subida da taxa de juro directora desde 2006.

 

A inflação tem sido o "calcanhar de Aquiles" da instituição liderada por Janet Yellen. Com um mandato que aponta para uma taxa de inflação ideal de 2%, o banco central já viu o seu objectivo ser defraudado por 31 meses consecutivos. E assim deverá continuar, já que a Fed reduziu as previsões em relação a este indicador, esperando agora uma inflação máxima de 1,6% este ano.

 

Mas se a maioria dos responsáveis do banco central viu com "bons olhos" a demonstração de paciência, outros nem tanto. Alguns participantes alertaram que a linguagem poderá levar a uma "injustificada concentração de expectativas do mercado, de que a primeira subida da taxa de juro de referência deverá ocorrer num curto espaço de tempo em meados de 2015", refere o documento divulgado esta quarta-feira, 7 de Dezembro. Desta forma, dizem, não está prevista "a possibilidade de as condições económicas poderem evoluir no sentido que justifique uma subida antecipada ou tardia".

 

Quedas do petróleo ofuscam melhorias no mercado laboral

O desenvolvimento da economia norte-americana tem determinado o ritmo da política monetária. O banco central há muito que decretou como prioridades a redução do desemprego e o aumento dos preços nos consumidores. Apesar de o primeiro objectivo estar mais que cumprido – como revela a melhoria das estimativas -, a queda dos preços do petróleo tem minado a normalização das taxas de juro.

 

"A inflação continuou abaixo do objectivo de longo prazo do comité, em parte reflectindo as quedas nos preços das energias", referem as minutas da Fed. Mas esta informação já tinha sido incluída no comunicado divulgado após a reunião. Contudo, o documento divulgado esta quarta-feira é mais directo: "A inflação nas economias avançadas continuou bastante baixa, no período entre esta e a anterior reunião, em parte devido à que dos preços do petróleo".

 

(Notícia actualizada às 19h48)

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