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Brasil eleva taxa de juros anual para 6,25%, a maior em dois anos

A taxa de juros no Brasil atinge agora o seu nível mais alto desde julho de 2019, quando a taxa básica era de 6,5% ao ano, e que resulta de um novo esforço do Banco Central para conter a crescente inflação.

D.R.
23 de Setembro de 2021 às 07:21
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O Banco Central do Brasil elevou na quarta-feira a taxa básica de juros em um ponto percentual, para 6,25% ao ano, atingindo o nível mais alto em dois anos, de forma a controlar a inflação. O Comité de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, reajustar as taxas, num movimento já anunciado e que corresponde ao quinto aumento consecutivo neste ano.

A taxa de juros no Brasil atinge agora o seu nível mais alto desde julho de 2019, quando a taxa básica era de 6,5% ao ano, e que resulta de um novo esforço do Banco Central para conter a crescente inflação. Em agosto, a inflação no Brasil foi de 0,87% - o maior nível para esse mês em 21 anos -, com a qual o índice de preços acumulou 5,67% nos primeiros oito meses do ano e 9,8% nos últimos doze meses (interanual).

A taxa de inflação acumulada até ao momento no país já supera a meta fixada pelo Governo para o ano, que é de 3,75%, com margem de tolerância de dois pontos percentuais para baixo (2,25%) e para cima (5,25%).

Essa situação elevou as projeções do Copom, que agora projeta uma inflação de 8,5% para 2021, patamar próximo às expectativas de mercado (8,31%), e baixou a projeção para 2022, de 4,1% para 3,7%.

Os riscos de uma desaceleração global das economias, principalmente nos países asiáticos, em função da nova onda da pandemia do coronavírus que atingiu a China, foram outros aspetos considerados para o ajuste das taxas. A expectativa pessimista gerada pela crise de energia no país foi outro fator que pesou na decisão do Copom.

De acordo com o comunicado divulgado hoje, o aumento das taxas continuará em 2021 e a previsão é de que fechem 2021 em 8,25% ao ano, taxa que deverá subir levemente em 2022 (8,50%) e que, segundo o Copom, cairá novamente em 2023 (6,75%).
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