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BCE mantém taxa de juro em mínimo histórico

A autoridade monetária não fez qualquer alteração na sua política, deixando a taxa de juro de referência em 0,05% e a taxa de depósitos em -0,3%. Aguarda-se, agora, o discurso de Mario Draghi.

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ECB Leaves Key Interest Rates Unchanged
21 de Janeiro de 2016 às 13:02
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Tal como era esperado, o Banco Central Europeu não alterou a sua política monetária na reunião que decorreu esta quinta-feira, 21 de Janeiro, em Frankfurt. A taxa de juro de referência permanece no mínimo histórico de 0,05% e a taxa de depósitos em -0,3%, também o valor mais reduzido de sempre.

Nenhum dos economistas sondados pela Bloomberg esperava novidades nesta reunião, mas ainda assim o discurso de Mario Draghi, que tem início às 13:30 (hora de Lisboa, que pode acompanhar aqui), será ouvido atentamente, pois o presidente do BCE deverá deixar pistas sobre a possibilidade de a autoridade monetária avançar com mais estímulos no futuro, caso a inflação permaneça em níveis reduzidos.

De acordo com a maioria dos economistas sondados pela Bloomberg, a forte queda do preço do petróleo e a deterioração das estimativas para a inflação na Zona Euro poderão levar o BCE a anunciar um reforço dos estímulos à economia este ano.

57% prevê que o presidente do BCE vai aumentar, ao longo deste ano, o valor mensal do seu programa de compra de activos – actualmente de 60 mil milhões de euros – enquanto 53% antecipa um novo corte da taxa de depósito.

Desde que o BCE deu início ao seu programa de alívio quantitativo (QE, na sigla inglesa), há dez meses, os preços na Zona Euro praticamente não subiram, mantendo o banco central muito afastado da sua meta para a inflação de 2%.


Os dados do Eurostat revelados na terça-feira indicam que a taxa de inflação na Zona Euro subiu de 0,1% em Novembro para 0,2% em Dezembro, ainda assim bem longe do objectivo do BCE de ficar perto dos 2%.

Em Dezembro, Mario Draghi reviu as estimativas para a inflação na Zona Euro, fixando as projecções num aumento de preços de 0,1% para 2015, e avançando com uma projecção de inflação para 2016 de 1% e de 1,6% em 2017, ano em que termina, previsivelmente, o actual programa de estímulos à economia do BCE.

De acordo com os relatos da reunião de Dezembro, o corte na taxa de depósitos para -0,3% não foi consensual, pois alguns membros do BCE pediram uma actuação mais forte. Houve também sugestões no sentido de prolongar as compras de activos, além de Março de 2017, e aumentar o montante utilizado mensalmente, agora de 60 mil milhões de euros.

(Notícia actualizada às 13:05 com mais informação)     

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