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BCE garante efeito do programa de compra de dívida até 2020

Com a política de reinvestir o dinheiro obtido com os juros das obrigações que está a comprar, o BCE garante que o efeito do programa de compra de activos perdure durante mais três anos.

14 de Setembro de 2016 às 16:33
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O impacto do programa de estímulos do Banco Central Europeu, através da compra de títulos de dívida, vai durar pelo menos até final de 2020, garantiu o presidente do banco central da Holanda, Klaas Knot.

 

"Se tivermos em conta o montante excepcional dos compromissos já assumidos pelo BCE no seu programa de compra de activos, o nível da política acomodatícia desse programa vai ficar connosco até ao final de 2020", afirmou o membro do conselho de Governadores do BCE, numa conferência de imprensa em Viena.

 

Knot lembrou que o BCE já se comprometeu a reinvestir o dinheiro encaixado com os reembolsos da dívida comprada neste programa, pelo que os seus efeitos perdurarão além de Março de 2017. O actual programa tem o término previsto para esta data e contempla um investimento de 80 mil milhões de euros por mês.

 

De acordo com a Bloomberg, com estas declarações o líder do banco central holandês está a admitir que o BCE poderá prolongar o programa de compra de activos por três anos com a "reciclagem" do dinheiro que vai encaixando assim que as obrigações vão sendo reembolsadas ao banco central.

 

O BCE tinha já anunciado em Dezembro a estratégia de reinvestir o dinheiro obtido com as amortizações de obrigações durante um "período tão longo quanto fosse necessário".

 

Muitos analistas antecipavam que na última reunião do BCE seria já anunciado um reforço do programa de compra de activos, mas Mario Draghi manteve tudo na mesma. O presidente do banco central deixou em aberto essa possibilidade, mas recusou dar pistas sobre como e quando tal poderá acontecer.

 

Na reunião de Setembro, o BCE decidiu manter as taxas de juro em mínimos e a duração e potência da sua bazuca de compras nos 80 mil milhões de euros por mês. Isto apesar de estar "ligeiramente" mais pessimista sobre a evolução da economia, e de não antecipar uma inflação nos 2% definidos no seu mandato antes do final da década.

 

Em Dezembro, do ano passado o BCE prolongou o programa de compra de activos que era suposto terminar em Setembro deste ano até Março de 2017, acrescentando 360 mil milhões de euros ao valor do programa de compras inicial. Anunciou ainda o reinvestimento do encaixe obtido com as compras (avaliado em 320 mil milhões de euros).

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