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BCE está mais otimista. Espera crescimento da economia da Zona Euro de 5% este ano

A instituição liderada por Christine Lagarde atualizou as projeções para o PIB e inflação da região.

Reuters
09 de Setembro de 2021 às 13:41
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Pela segunda vez consecutiva, o Banco Central Europeu (BCE) reviu em alta as projeções para a economia da Zona Euro. A autoridade monetária liderada por Christine Lagarde antecipa um crescimento do produto interno bruto (PIB) de 5% este ano, de acordo com dados divulgados esta quinta-feira, após a reunião do Conselho de Governadores.

"A retoma da economia está numa fase crescentemente avançada". Foi assim que a francesa arrancou com a conferência de imprensa desta quinta-feira, na qual reviu em alta as projeções para o PIB dos países da moeda única. O staff do BCE aponta agora para uma expansão, em 2021, superior em 0,4 pontos percentuais do que esperava nas projeções de junho.

Para 2022, o BCE espera um crescimento do PIB de 4,6% (menos 0,1 ponto percentual do que nas anteriores projeções) e, para 2023, manteve a estimativa de 2,1%. "De forma geral, há uma clara recuperação", explicou Lagarde, que antecipa que um regresso a níveis pré-pandemia ainda este ano. Sublinhou ainda assim que o curso desta retoma está fortemente dependente da pandemia e da vacinação.

Já no que diz respeito à inflação, Lagarde lembrou a aceleração para 3% em agosto e diz não esperar para já um alívio. "Esperamos que a inflação suba mais no outono, mas que caia no próximo ano. Esta ascensão temporária da inflação reflete principalmente o forte crescimento dos preços do petróleo desde meados do ano passado, a reversão da temporária redução do IVA na Alemanha, o atraso nos saldos de verão em 2020 e pressões sobre os preços causadas por escassez temporária de matérias-primas e equipamentos", explicou.

A autoridade monetária antecipa que estes fatores percam peso ao longo de 2022. Assim, as novas projeções do staff veem a taxa em 2,2% este ano (mais 0,3 pontos percentuais que nas projeções anteriores), em 1,7% no próximo ano (revisto em alta e 0,2 pontos) e em 1,5% em 2023 (mais 0,1 pontos).

Face a estes desenvolvimentos económicos, o BCE vai recalibrar os instrumentos de política monetária. Na reunião desta quinta-feira, o Conselho de Governadores considerou que as condições favoráveis de financiamento podem ser mantidas com um ritmo "moderadamente mais lento" das compras líquidas do Programa de Compras de Emergência Pandémica (PEPP) do que nos últimos dois trimestres.

Este envelope tem uma dotação total de 1,85 biliões de euros a serem usados até final de março de 2022 ou até que o BCE considere que o período de crise do coronavírus terminou. 
Além disso, as aquisições líquidas ao abrigo do programa que já decorria antes do coronavírus (o APP) irão prosseguir a um ritmo mensal de 20 mil milhões de euros.

As taxas de juro continuarão em mínimos históricos e não deverão mudar tão cedo. A taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito permanecerão inalteradas em 0,00%, 0,25% e −0,50%, respetivamente.

(Notícia atualizada às 14:40 horas)
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