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Membro do BCE admite subida das taxas de juro em 50 pontos base
O governador do Banco Central dos Países Baixos, Klaas Knot, juntou-se ao coro que defende uma subida dos juros diretores já em julho e não excluiu mais aumentos, caso a inflação continue a galopar.
O governador do Banco Central dos Países Baixos, Klaas Knot, um dos "falcões" com mais destaque no seio da instituição monetária, foi o primeiro membro do conselho do BCE a sugerir um aumento de 50 pontos base já em julho.
"É esperado, e a mim parece-me realista, que o primeiro aumento das taxas de juro [na zona euro] aconteça depois da reunião de 21 de julho", afirmou Knot, citado pela Bloomberg.
O barão dos falcões defendeu ainda que "com base no conhecimento que temos neste momento, acredito que devemos aumentar a taxa de juro diretora em meio ponto percentual".
O governador holandês chegou mesmo a afirmar que caso a inflação continue a galopar "não deve ser excluído um aumento [ainda maior] das taxas de juro".
Em abril de 2022, a taxa de inflação atingiu os 7,5% na Zona Euro, quase quatro vezes acima da linha vermelha do BCE (2%). Há uma semana, a presidente do BCE, Christine Lagarde, juntou-se ao coro de membros da instituição que apontam para uma subida das taxas de juro já em julho, durante um discurso no Banco da Eslovénia.
"Primeiro, vamos terminar o programa de compra de ativos. A julgar pelos dados que temos recebido, a minha expectativa é que o programa seja concluído no início do terceiro trimestre", começou por explicar Lagarde, segundo a intervenção publicada no site do BCE.
Já a primeira subida das taxas de juro "pode ocorrer algum tempo depois do fim do programa de compra de ativos", avançou a presidente do BCE, sublinhando que "ainda não definimos precisamente a noção de "algum tempo", mas tenho sido muito clara que isso pode significar um período de apenas algumas semanas".